quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Empresários e consultores do setor portuário aguardam pacote



Empresários e consultores do setor portuário desconhecem os detalhes do novo pacote de concessões para os portos, que deverá ser lançado pelo Governo Federal nas próximas semanas. Porém, estão cientes das mudanças que precisam ser feitas. Com base em medidas previamente anunciadas pela União, alguns envolvidos no segmento já mostram seus anseios.

O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Willen Mantelli, é um dos que se mostrou ansioso pela apresentação das novas regras e tem uma opinião formada sobre os pontos que devem sofrer intervenções. E a questão da renovação dos contratos de arrendamento é vista como a mais delicada.

A expectativa é de que o tema seja incluído no novo pacote. Há anos se espera uma definição sobre o que ocorrerá com os contratos anteriores à Lei de Modernização dos Portos (8.630/93), se vão ser renovados ou passar por uma nova licitação. Para Mantelli, adaptar é a melhor solução. “A lei mandou, tem que adaptar (à legislação) – seja (ficando válido) por 50 anos, conforme previsto na Lei dos Portos, ou por 10 anos, de acordo com a AGU (Advocacia Geral da União)”, afirmou o presidente da ABTP.

Um dos argumentos a favor dessa linha de ação é a demora para licitar os terminais, o que acaba gerando insegurança nos investidores e deixando regiões como as do Norte e Nordeste desabastecidas.

Segundo Mantelli, as concorrências demoram muito para serem concluídas. Como exemplos, ele mencionou as licitações realizadas para os arrendamentos do antigo terminal da Vopak, na Ilha Barnabé, no Porto de Santos – em andamento há mais de um ano –, e de instalações nos complexos de Sepetiba (RJ) e Manaus (AM), iniciadas há oito anos e ainda não concluídas.

“Com a inércia do Governo, os terminais acabam perdendo seu valor. No Norte e no Nordeste, os terminais de combustíveis são fundamentais. Não há outra solução para abastecer”, explicou Mantelli.

As questões da Praticagem, da gestão dos portos e dos investimentos também foram abordadas pelo presidente da ABTP. “É preciso aumentar a oferta de práticos para reduzir custo e facilitar a negociação”, destacou.




Consultores defendem gestão portuária com menor interferência das autoridades


Willen Mantelli também aponta um excesso de “interferência” na administração dos complexos. Ele observa que há “muita autoridade” nos portos e não está vendo nada que indique uma reestruturação das Docas. “São em torno de oito ou dez ministérios que atuam. É muita autoridade para dizer não. Precisamos reduzir a interferência. Já temos a SEP (Secretaria de Portos, da Presidência da República), a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários)”.

Para o presidente da ABTP, a reestruturação das Docas também traria como vantagem a redução de custos, uma das propostas do Governo. “Há muitas tarefas obsoletas. Em Santos, Itatinga, por exemplo, deveria ser entregue à iniciativa privada. A administradora tem que cuidar do Porto, dos acessos, dragagem, licitações”.

Quando o assunto são os investimentos, Mantelli é objetivo. “Para aumentar os investimentos, é preciso dar segurança jurídica, reduzir burocracia, gerar confiança nos investidores”, garantiu.

Carga própria

O consultor portuário Marcos Vendramini resumiu em um item qual deveria ser o foco dos planos do Governo para os portos: eliminar a necessidade de carga própria para novos terminais, instituída pela Lei 6.620/ 2008. “Isso foi uma invenção e, se for eliminada, vai ajudar também a diminuir os custos. Mas é necessário que venha acompanhada da prorrogação dos contratos por mais 25 anos. Cortar custos é fazer competição”, disse Vendramini.

A revisão dos contratos de arrendamento para incentivar investimentos também foi vista como necessária pelo especialista. “A taxa de arrendamento hoje é muito alta, dando mais dinheiro ao Governo. Isso prejudica o investidor”.

Em relação ao incentivo à cabotagem (navegação entre portos da costa) previsto pela União, Vendramini lembrou que ainda há empecilhos para o crescimento do setor e observou que é necessário fazer uma pesquisa entre origem e destino das cargas. “Entre 60% e 80% das cargas no Brasil ficam entre o Sul e o Sudeste. Vai fazer cabotagem entre Santos, Rio de Janeiro e Paranaguá (PR), que são bem servidas de meios ferroviários e rodoviários? Quando tiver mais cargas no Norte e Nordeste, aí sim ela se tornará mais interessante”, disse.

Iniciativa privada

O advogado especialista em Direito Aduaneiro Felippe Breda vê o aumento da participação da iniciativa privada nos portos como uma saída para alavancar os investimentos e modernizar o setor. Ele acredita que as empresas podem desenvolver projetos com maior celeridade, resolvendo assim questões estruturais dos complexos, como acessos insuficientes, a necessidade de scanners e a implantação da cobertura em terminais para a operação de cargas a granel, entre outros.

“Mas também é importante que haja o rompimento do sistema jurídico”, comentou Breda, se referindo à necessidade de remodelação do formato de arrendamento que hoje oferece pouca margem para investimento. “Atualmente também há excesso de burocracia, o sistema é engessado, tudo tem que estar escrito

Fonte: Jornal A Tribuna 

domingo, 29 de julho de 2012

Condomínio Logistico


A construtora MBigucci prepara, para o próximo mês de setembro, a inauguração do MBigucci Business Park. Instalado em Diadema (SP), o empreendimento, que demandou investimentos de R$ 63 milhões, está localizado próximo às rodovias Anchieta e Imigrantes, que interligam a região do ABC ao Porto de Santos (SP). Além disso, o local possui acesso ao trecho Sul do Rodoanel, permitindo, também, contato direto da região ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), e às rodovias Dutra e Fernão Dias. Ao todo, o condomínio ocupa uma área total de 36.929,30 m², sendo 25.974,24 m² destinados à armazenagem.
O diretor de Marketing da MBigucci, Marcelo Bigucci, explica que já são disponibilizados dois tipos de galpões, A e B. O primeiro oferece 20 módulos de 1.025,40 m², enquanto o B tem seis módulos de 911,04 m². Ambos possuem pé-direito de 12 metros, com vão livre de 10,5 m e piso com capacidade para 5 toneladas por m². Vale lembrar que cada módulo é estruturado com duas docas elevadas e três vagas para veículos pequenos e duas para caminhões. “A área terá estrutura de alto padrão para o segmento industrial, sendo excelente para receber parques de logística”, garante.
Para o executivo, o lançamento é uma opção às empresas que precisam otimizar a gestão do transporte, reduzir os custos com fretes e driblar as restrições de circulação de veículos de cargas, como ocorre em São Paulo. O empreendimento oferece, ainda, portaria blindada, com segurança 24 horas, controle de acesso, sala de espera e acesso independente para carretas, estacionamento interno e externo para carros, caminhões, carretas e ônibus, restaurante e área de convivência para funcionários.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Falta de logística ameaça expansão de última fronteira agrícola em MT

Região do Araguaia é aposta para elevar produção de grãos.
No entanto, sofre com falta de trafegabilidade como na rota do calcário.


É na chamada última fronteira agrícola, na região do Araguaia mato-grossense, onde se prevê uma das últimas expansões da área agricultável no estado. Aos poucos, terras degradadas vão se tornando espaços propícios ao cultivo de lavouras de soja. Mas a expansão que ajudará o estado a elevar a safra de grãos não está ocorrendo com a velocidade que se previa, alertam produtores da região. Estradas sem condições de trafegabilidade estão dificultando a chegada de insumos até as propriedades rurais e impactado nas conversões, descreve Gilmar Dell'Osbell, presidente do Sindicato Rural de Querência, cidade a 912 quilômetros de Cuiabá, e vice-presidente leste da Associação dos Produtores de Soja e Milho.

De acordo com a Aprosoja, o Araguaia possui 6 milhões de hectares em áreas de pastagem. É a maior de Mato Grosso, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. Destes 6 milhões de hectares, um total de 3,1 milhões possui mais condições de ser usado na agricultura. São áreas planas, já abertas e de solo degradado, que podem ser adaptados para o plantio de grãos.
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"Não se está conseguindo avançar na transformação da pecuária para a agricultura da forma como queriam [os produtores] em função que as estradas não têm condições nem para a chegada do calcário e nem para o escoamento da produção e o tráfego de qualquer tipo de veículo na época das chuvas", descreve Gilmar Dell'Osbell.

A preocupação é com a chamada 'rota do calcário', que compreende a MT-326 (ligando Cocalinho, a 765 quilômetros da capital, até a BR-158, já na divisa com o estado de Goiás) e cuja extensão soma imadamente 150 quilômetros. Na região estão localizadas as duas jazidas onde é produzido o calcário para atender produtores. Mas como explica o presidente do Sindicato Rural, trafegar pelo trecho onde não há asfalto está custando caro.

"É uma nova fronteira agrícola, mas não consegue avançar da forma que precisa recuperar as pastagens para transformá-las em lavouras em função também da falta de calcário por causa de se não se ter trafegabilidade", ressalta o produtor. Ainda segundo o dirigente, a demanda por este produto na região gira em torno de 1,3 milhão de toneladas.
Rota do Calcário na região do Araguaia matogrossense (Foto: Gilmar Dell'Osbell)

A rota, de pouco mais de 30 quilômetros na MT-326 entre o trevo de Nova Nazaré até a BR-158, seria a rota ideal para levar o calcário destas jazidas até as regiões produtoras de grãos localizadas no nordeste do estado. Porém, este trecho não está contemplado nos programas de pavimentação estadual. E aí que entram as reivindicações do setor produtivo.

Segundo Gilmar, ao invés desta rota de 30 quilômetros, o que está contemplado no programa de pavimentação é a MT-240, que liga o mesmo trevo de Nova Nazaré ao município de Água Boa, que tornará o percurso do calcário até as propriedades 40 quilômetros mais longo.

O resultado é um percurso maior e mais tempo na estrada, além do custo do frete, que fica mais caro. Para levarem o insumo até as sedes das fazendas, ou mesmo retirar a produção dos armazéns produtores pagam até R$ 2 por saca com o frete, de acordo com as distâncias das fazendas, explica Gilmar Dell'Osbell. "As usinas não incrementam a produção porque não têm jeito de escoar".

Indo a Goiás
Produtor em Nova Xavantina, a 651 quilômetros de Cuiabá, o produtor Endrigo Dalcin adquire os insumos necessários para as lavouras de soja e milho diretamente de Itaberaí (GO). Segundo ele, há mais vantagens em percorrer os quase 400 quilômetros que separam os municípios de Mato Grosso e Goiás que fazer os 160 quilômetros em direção à jazida em Cocalinho, no Araguaia mato-grossense.

Problemas fazem motorista interromper viagem
por rota do calcário (Foto: Gilmar Dell'Osbell)

"O acesso ao calcário é feito por estradas de chão. Mesmo sem asfalto, mas se tivesse a manutenção seria melhor, porque o tráfego na estrada é muito pesado", pondera o agricultor. Na ponta do lápis, apesar de andar mais o produtor tem pago menos na hora de comprar fertilizante no estado vizinho. A relação gira em torno de pouco mais de R$ 90 via Goiás para outros cerca de R$ 100 pela rota do calcário.

"Se tivesse o asfalto seriam mais fáceis os 160 quilômetros", acredita o produtor de Nova Xavantina.

Recursos
Parte dos recursos utilizados pelo governo do estado para obras nas rodovias estaduais originam-se do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab), cobrado no transporte de toda produção agrícola e pecuária e objetiva financiar o planejamento, execução e acompanhamento dos serviços nos setores de transporte e habitação do estado.

Somente em 2011 a arrecadação total somou R$ 568 milhões, com a soja contribuindo em R$ 123 milhões. No tocante às obras de melhorias nas estradas, o secretário estadual de Transportes, Arnaldo Alves, afirma que neste ano o governo deve destinar R$ 2,2 bilhões para atender às obras nas rodovias.

Em função das obras para a Copa do Mundo em Cuiabá, o Fethab deve direcionar em torno de R$ 1 bilhão para as demandas.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Rumo dobra capacidade com novo equipamento

A capacidade de movimentação de açúcar no terminal da Rumo Logística será duplicada. Tudo por conta da compra de um novo shiploader - equipamento utilizado para operações de carregamento de materiais a granel – com capacidade para embarcar duas mil toneladas por hora. O novo equipamento foi adquirido por R$ 35 milhões e entrará em funcionamento até o final deste mês.

Além de agilizar o embarque dos navios, o novo shiploader será capaz de gerar energia, que será devolvida para a própria rede, tornando-se uma fonte limpa e que também otimizará o consumo local. Neste momento, o equipamento está sendo submetido a testes com cargas.

O novo shiploader também permitirá que a empresa realize carregamentos de navios do tipo Cape Size (120 mil DWT), o que não era possível ser feito com o modelo antigo, já que ele atendia somente navios Panamax (60 mil DWT).

Fabricado com a mais moderna tecnologia, o novo maquinário poderá ser operado diretamente da sala de controle ou através de uma cabine de operação situada no topo do shiploader. Uma outra forma de operação será feita por meio de um joystick, onde o funcionário guiará a máquina de dentro do navio que estará sendo carregado.

A substituição do shiploader trará uma redução de 33% no tempo de embarque do terminal da Rumo Logística. Se hoje o tempo médio é de 30 horas por berço, com a mudança haverá uma diminuição desse número para 20 horas. O novo equipamento irá potencializar a capacidade dos dois berços existentes no terminal da empresa para 6 mil toneladas embarcadas por hora.

Energia

Sempre que estiver em funcionamento, o novo shiploader irá gerar energia. Isso ocorrerá toda vez que a lança do shiploader descer para carregar o porão do navio. Esta operação se repete em média 20 vezes por navio carregado.

A instalação do novo equipamento irá elevar de maneira significativa a capacidade de embarque da empresa, e de forma mais rápida, além de contribuir para a redução no tempo de espera dos navios de todo o Porto de Santos.

Todas essas iniciativas integram o plano de investimentos de R$ 1,3 bilhão para a reversão do modal rodoviário para o ferroviário, que já está sendo colocado em prática.

Ações

Entre as ações previstas pela empresa, está a construção de uma cobertura de 21 mil metros quadrados para permitir o embarque de açúcar também em dias de chuva. A expectativa é de que a estrutura esteja pronta para a safra de 2013. O projeto vai custar R$ 65 milhões.

Recentemente, a Rumo também investiu R$ 41 milhões na aquisição de 200 novos vagões que serão entregues até outubro deste ano. Com este aporte, a empresa passa a ter em sua frota 929 modernos vagões que serão empregados no projeto da empresa de transportar 11 milhões de toneladas de açúcar e grãos até 2014.

Fonte: Jornal A Tribuna

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Super Porto do Açu - Expectativa é iniciar as operações em 2013



A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, prepara para 2013 o início das operações do Superporto do Açu, complexo portuário de uso misto localizado em São João da Barra (RJ). A Revista Tecnologística visitou, no dia 16 de julho, as obras do empreendimento – instalado em uma área de 90 km² – iniciadas em outubro de 2007.

O Superporto contará com 17 km de píer, 21 metros de calado – com possibilidade de expansão para 26 m – e poderá receber simultaneamente até 47 embarcações em dois terminais, o TX1, offshore, e o TX2, onshore. Ao todo, o porto demandará investimentos de R$ 3,8 bilhões e terá capacidade para movimentar 350 milhões de toneladas por ano entre importações e exportações.

O gerente-geral de Engenharia da LLX, Luiz Otávio de Amorim, informa que o início das operações está marcado para o segundo semestre de 2013. “Até lá, 90% das estruturas offshore e 70% da onshore estarão concluídas. Ao todo, 65% da infraestrutura total do porto estará finalizada”, diz.

O TX1 será dotado de três píeres, num total de 4 km de cais, e terá nove berços – cinco para movimentação de petróleo e quatro para minério. O acesso é realizado por meio de uma ponte com 3 km de extensão. Já o TX2, onshore com 13 km de cais, está sendo instalado no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de extensão, largura de 300 m e bacia de evolução com 1 km. Atualmente, 2,5 km do canal já foram realizados. No local, serão movimentados produtos siderúrgicos, carvão ferro gusa, escória e granito, além de granéis líquidos e sólidos.



Além dos investimentos em estruturas de atracação, o destaque no Açu fica por conta das obras de acesso. Amorim explica que será construída, por exemplo, uma via dedicada à movimentação de cargas superdimensionadas. “Ela terá 6 km de extensão, 25 m de largura e ligará o polo metalmecânico, instalado dentro do complexo, ao cais do TX2”, diz. A ferrovia também foi lembrada. O gerente-geral afirma que uma linha de 43 km será concebida para ligar o porto à malha da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Ele lembra, ainda, que no km 27 a linha dará acesso à BR 101.

Complexo

Projetado com base no moderno conceito porto-indústria, o Superporto do Açu contará com um Distrito Industrial em área contígua, além de uma retroárea para armazenamento dos produtos que serão movimentados.

Essas áreas, em conjunto com o porto, formarão o Complexo Industrial do Superporto do Açu. Nele serão instaladas siderúrgicas, cimenteiras, base de estocagem para granéis líquidos, polo metalmecânico, Unidade de Construção Naval da OSX (UCN) – empresa do setor de equipamentos e serviços para a indústria naval offshore de petróleo do Grupo EBX –, complexo termelétrico da MPX (empresa de energia do Grupo EBX), plantas de pelotização de minério de ferro, unidade para tratamento de petróleo, indústrias offshore, indústrias de tecnologia da informação e pátio logístico.

A UCN é uma das apostas. Isso porque, a unidade, que tem previsão de iniciar as operações no segundo trimestre de 2013, já conta com uma carteira de pedidos estimada em quase US$ 1 bilhão. O gerente-executivo da Unidade de Construção Naval, Ivo Dworschak, conta que foram encomendados 11 navios tanques com capacidade para 48 mil t cada, num total de US$ 732 milhões, e um navio PLSV, destinado ao lançamento e instalação no fundo do mar de linhas submarinas flexíveis, orçado em US$ 263 milhões. “Essas entregas devem ser realizadas entre 2014 e 2017”, anuncia.

A unidade de construção possui 2.400 m de cais, podendo ser expandido para 3.200 m, um dique seco para montagem das embarcações e capacidade para produzir ao mesmo tempo 11 navios do tipo FPSO, utilizados na exploração, armazenamento e transferência de petróleo, e oito plataformas fixas para exploração de petróleo e gás natural, chamadas WHP. Segundo Dworschak, o objetivo da UCN é estimular a indústria naval brasileira e trazer para o complexo os fornecedores. “Nosso objetivo é de que os navios produzidos sejam 70% nacionalizados”, afirma.

Fonte: Tecnologística

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Duplicação de linha férrea deve tirar 1.500 caminhões das vias



O primeiro trecho da duplicação da via férrea que liga as cidades de Campinas e Santos será concluída em outubro próximo. A obra será responsável por agilizar a chegada de cargas ao Porto de Santos e dobrar o número de trens que chegam ao complexo. A via duplicada fica entre Perequê e Cubatão e custou R$ 26 milhões, investidos pela América Latina Logística (ALL) e pela Rumo Logística.

O projeto total será responsável pela retirada de 1.500 caminhões das estradas. Esta redução no número de veículos nas vias que dão acesso ao Porto de Santos é um pedido de usuários do complexo, já que, com o aumento da movimentação de cargas, os acessos rodoviários ficam cada vez mais comprometidos.

A obra faz parte da duplicação de 383 quilômetros da ferrovia, que começa em Campinas, no interior do Estado, e chega a Santos. Por conta da grande extensão da malha ferroviária, o projeto foi dividido em pequenos trechos que estão sendo executados em paralelo.

A obra do trecho de Cubatão até o bairro do Valongo está prevista para começar em outubro, assim que a primeira faixa duplicada for entregue. Serão mais quatro quilômetros de extensão de vias férreas, capazes de levar carga até o complexo santista.

A previsão da ALL é que a obra em Santos seja concluída no primeiro trimestre do ano que vem. Enquanto isso, outras frentes já estão sendo realizadas no interior do Estado, próximo à região de Campinas, onde a via férrea tem origem.




A obra na Baixada Santista faz parte da duplicação de 383 quilômetros da ferrovia,


Capacidade

No trecho da Baixada Santista, a nova estrutura ferroviária vai dobrar o número de trens em circulação na Margem Direita (Santos) do complexo. Na extensão entre Perequê e Cubatão, o aumento será de 30 para 60 vagões por dia.

Ainda é necessária a reformulação da Ponte do Casqueiro, que fica em Cubatão, para a conclusão do trecho que liga a cidade à Serra do Mar. Na região, existe uma bifurcação, que divide o tráfego de trens da MRS Logística e da ALL. Os vagões da primeira empresa chegam à Baixada através do sistema cremalheira.

“Em termos de volume a granel na Margem Direita esperamos chegar a 9 milhões de toneladas de açúcar por ano”, explica o gerente da Unidade de Produção da ALL em Santos, Leonardo Pires do Prado.

No ano passado, 4,7 milhões de toneladas de açúcar foram transportados pela ALL em direção ao Porto de Santos. Segundo o executivo, a companhia já tem grande participação no transporte de cargas que são levadas ao corredor de exportação e pretende expandir a atuação no transporte de granéis.

Com a conclusão da obra, a ideia é aumentar a capacidade de transporte e também operar as cargas que partem para os terminais que ficam na região próxima à imagem de Nossa Senhora de Fátima, a Santa, no Porto de Santos.

“A obra gera um aumento na velocidade e na capacidade de circulação de trens para a Margem Direita. Irá viabilizar um ganho significativo no volume total movimentado por ferrovia no Porto de Santos, principalmente no segmento de açúcar a granel”, revela o gerente.

Serviço

A obra foi iniciada em janeiro de 2011 e abrange uma extensão de 11,5 quilômetros de vias. O número de profissionais envolvidos chega a 180.

De acordo com a ALL, para a duplicação, foram utilizados 31 mil metros de trilhos de maior capacidade de suporte. Outros 26 mil dormentes ecológicos feitos em madeira reflorestada foram instalados na duplicação da ferrovia.

“Além dos ganhos de produtividade, é importante destacar o aumento na segurança com a melhoria da infraestrutura da plataforma, utilização de materiais e equipamentos novos de superestrutura e o cerceamento da segregação da ferrovia no perímetro urbano”, afirma o superintendente de Projetos e Infraestrutura da concessionária, Sildomar Arruda.



Fonte: Jornal A Tribuna - Santos

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fatec de Praia Grande abre inscrições para cursos de férias

Aulas são voltadas a estudantes e comunidade em geral.
Cursos oferecidos possuem certificados e carga horária entre 4 e 12 horas.

A Faculdade de Tecnologia de Praia Grande, no litoral de São Paulo, abre inscrições abertas para diversos cursos de férias voltados a estudantes e comunidade em geral.

Os interessados podem se inscrever nas oficinas de linguagem corporal e neurolinguística, oratória, logística de terminal de contêineres vazios, sistemas integrados de gestão (ERP/SAP) para pequenas e médias empresas, desenvolvimento de site com CMS – Wordpress, desafios da tecnologia do pré-sal, telemarketing, práticas de microscopia, vistoria e reparo de contêineres, inglês para viagem, inglês para negócios, inglês para conversação e CEP - Controle Estatísticos de Processos.

As atividades ocorrerão entre os dias 23 e 28 de julho. As inscrições podem ser feitas pelo site da Fatec ou na própria instituição, localizada na Praça 19 de Janeiro, 144, no Boqueirão, das 14 às 20 horas. Os cursos oferecidos possuem certificados e carga horária entre 4 e 12 horas. Para alguns deles, as vagas são limitadas, a serem preenchidas por ordem de chegada das inscrições.



Confira a programação completa no site:
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/07/fatec-de-praia-grande-abre-inscricoes-para-cursos-de-ferias.html

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Alvo de ação do MPF, ALL defende investimentos na malha paulista

De um jeito ou de outro o modal ferroviário vai ganhando novos investimentos.

A América Latina Logística (ALL) divulgou nota hoje afirmando que já está substituindo trilhos no interior do Estado de São Paulo, após o Ministério Público Federal (MFP) divulgar que instaurou ação civil pública para que a empresa corrija problemas de infraestrutura na região.

Em nota, a ALL diz que ainda não foi comunicada oficialmente e defende os investimentos nos trechos alvos da ação do MPF. A companhia afirma que está implantando novos trilhos em Sumaré, Americana, Limeira, Mairinque, Campinas e na região de Itu. 'São trilhos mais robustos, seguros e de maior capacidade de carga', informa trecho do texto enviado pela assessoria de imprensa da companhia.

Neste ano, segundo a empresa, estão sendo investidos R$ 26 milhões em manutenção e troca de trilhos na região. Em 2011, diz, foram R$ 17 milhões.

Ação

O MPF divulgou hoje que ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar para que a ALL corrija problemas de infraestrutura da malha ferroviária no interior de São Paulo.

Segundo Fausto Kozo Matsumoto Kosaka, procurador da República, as condições da linha estão causando acidentes, problemas ambientais e poluição sonora. O MPF solicita que a ALL realize, em 90 dias, vistoria do trecho e reparos para assegurar a segurança da operação.

A ação pede que também sejam responsabilizados a União, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além dos municípios de Americana, Limeira, Cordeirópolis, Rio Claro, Itirapina, Nova Odessa e Santa Gertrudeso. O MPF requisita multa diária de R$ 100 mil a cada réu, caso seja descumprida ordem judicial concedida de modo definitivo.

(Fábio Pupo | Valor)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Roubos de cargas nas rodovias de acesso ao Porto quase dobram

As rodovias das regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, que dão acesso ao Porto de Santos, aparecem na segunda posição do ranking de roubo de cargas nas estradas do interior do Estado. O Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) 6, que abrange os 24 municípios, perde apenas para o Deinter 2, que reúne 38 cidades da região de Campinas, no interior.

Em maio, o índice de crimes praticamente dobrou na comparação com o ano passado na região. No quinto mês deste ano, 40 roubos s foram registrados no Deinter 6. Já, no mesmo período do ano passado foram 21 ocorrências.




Nos cinco primeiros meses do ano, foram registrados 143 roubos de cargas. Em 2011, foram 132 no períodoA listagem, feita pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, aponta a localização do cais santista e o grande fluxo de mercadorias que trafegam por esta região como os principais motivos para o índice de roubo de mercadorias. Na área de abrangência do Deinter 6, as rodovias Anchieta e dos Imigrantes são responsáveis pelo escoamento e abastecimento de carga entre o Porto de Santos e as principais regiões do Estado e do País.

Já a BR-116, que passa pelos municípios do Vale do Ribeira, é responsável pela ligação viária entre o complexo santista e a região Sul do País. Os roubos também aconteceram na Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP 248/55, antiga Piaçaguera-Guarujá), e na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega (SP 55).

Nos cinco primeiros meses do ano, período em que as estatísticas estão disponíveis, foram registrados 143 roubos de cargas nas rodovias da Baixada Santista. No mesmo período do ano passado, 132 ocorrências foram contabilizadas.

Mas, de acordo com os especialistas em segurança, a situação não é tão crítica como parece. O motivo é a forma de contagem dos crimes, realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Segundo o órgão, o princípio da transparência obriga que as ocorrências envolvendo roubo a caminhões ou veículos de entrega de mercadorias em área urbana sejam contabilizados como roubo de cargas. Neste caso, até assaltos envolvendo carteiros e suas bolsas de correspondência entram nas estatísticas.

Se um caminhão de bebidas tem o motorista abordado e roubado no instante em que está realizando a entrega e apenas uma ou algumas caixas do produto são roubadas, a ocorrência também é registrada como roubo de cargas. Porém, isto só acontece quando os bandidos não roubam também o veículo.

Para comprovar a discrepância entre os dados, pode-se observar os números fechados do ano passado. No levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), o total de ocorrências de roubo de cargas registradas na região chegou a 147. Já os números da Secretaria Estadual de Segurança Pública são bem maiores e alcançam 364 crimes.

O primeiro dado é referente às ocorrências envolvendo cargas de alto valor econômico, como as transportadas em contêineres. Já o segundo abrange todos crimes em que mercadorias são roubadas, independentemente do valor.

Investigações

As cargas de maior valor, que têm o Porto de Santos como origem ou destino são repassadas à receptores que comercializam as mercadorias. Neste ano, 30 pessoas ligadas a quadrilhas de roubo ou furto de cargas foram presas. Cargas conteinerizadas, de açúcar e café, são as mais procuradas por bandidos.

De acordo com órgão estadual de segurança, a recuperação de cargas roubadas ocorre com mais sucesso quando a comunicação do crime é feita com antecedência pela pessoa que sofreu o assalto. O encontro das cargas acontece em locais próximos às áreas urbanas, geralmente em periferias, longe de grandes centros.

Geralmente, os crimes são cometidos por quadrilhas especializadas, formadas por membros com funções específicas e divididas. Cada um é responsável por uma etapa do crime, desde a abordagem até a destinação final da carga. O primeiro contato com o veículo que será roubado ocorre com a utilização de um ou mais veículos, seguida da retenção do motorista, até que a carga seja guardada em local seguro para o bando.

Um grupo formado por integrantes das polícias Civil, Militar e Federal, além de membros dos sindicatos das transportadoras e dos motoristas, se reúne mensalmente para discutir formas de prevenir os roubos de cargas na Baixada Santista e no Vale do Ribeira.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Brado Logística e Santos Brasil intensificam operação ferroviária

Novo acordo estabelece a movimentação por bitola larga. Meta é chegar ao final do ano com a movimentação de 8 mil contêineres pelo modal

A Brado Logística e a Santos Brasil fecharam, no último mês de junho, um novo acordo a fim de intensificar as operações no modal ferroviário em Santos (SP). A partir da assinatura do contrato, a operação atenderá, também, ao corredor da passagem do trem – bitola larga. A meta é reforçar as operações de importação e exportação realizadas pelos Terminais Intermodais Rodoferroviários da Brado.




O acordo entre as empresas não é novidade. As companhias já realizam, há um ano, a operação de entrada das composições ferroviárias diretamente no terminal portuário da Santos Brasil, o Tecon Santos, localizado no Guarujá (SP), margem esquerda do complexo portuário santista. Em 2011, a freqüência de um conjunto por semana gerou a movimentação de 3.200 contêineres.


O reforço na operação gera otimismo. A perspectiva é a de que até o final deste ano 8 mil contêineres seja operacionalizados, com o aumento de frequência para uma composição da Brado por dia operando no Tecon Santos.


As cargas serão escoadas, por trem, saindo das cidades do interior e seguindo para o terminal santista. Segundo a diretora Negócios e Serviços da Brado Logística, Linda Machado, este fluxo é fundamental para a companhia, pois é o acesso à ferrovia direto para a área primária tornando-se realidade. “Em um complexo portuário como o Porto de Santos não temos como não estarmos juntos”, diz.


Estratégias


Para suportar ao aumento operacional, a Brado investiu cerca de 30 milhões em vagões Spine Car 80’ (Long-Stack). Os implementos serão utilizados no transporte de itens como algodão, açúcar, soja e suco, além de produtos frigorificados. A meta da companhia ferroviária é melhorar os índices de prestação de serviços, com a melhor relação entre custo e benefício para exportadores e importadores, expandindo as atividades no modal férreo.


Na opinião do diretor Comercial da Santos Brasil, Roberto Tórtima, o uso mais efetivo da ferrovia viabilizará o escoamento das importações, barateando os custos e desafogando o acesso ao terminal.


A Santos Brasil também destinou recursos a fim de melhor estruturar este reforço operacional. Para agilizar e garantir a qualidade da operação ferroviária, a empresa projetou a infraestrutura para ampliar o atendimento de operadores da malha férrea. O aporte foi de R$ 6 milhões. A companhia prevê aumentar dos atuais 3% para 15% a participação da ferrovia na movimentação do Tecon Santos, levando em consideração outros operadores do modal.


Para isso, algumas ações estão descritas no plano estratégico. Uma delas estabelece o projeto de um novo pátio ferroviário, que deve ter acesso exclusivo à instalação marítima. O objetivo é garantir mais velocidade no carregamento e no descarregamento e, principalmente, atender os vagões do tipo double stacker, que têm capacidade para movimentar dois contêineres empilhados.

Fonte:

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Congestionamento do Porto

O mês de julho chegou e trouxe os compradores do açúcar brasileiro. A demanda pela soja também segue no seu auge e, neste momento, os interessados nas commodities renovam os estoques do mercado internacional. Aliado a isso, o Porto de Santos ainda sente os reflexos da paralisação de 18 dias dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs). O resultado é uma fila de navios aguardando para entrar no complexo. Apenas ontem, foram contabilizados 72 navios. Em dia comuns, seriam verificados apenas 50.

Do total, 23 eram navios açucareiros. Mas, a Codesp, estatal que administra o Porto, explica que apenas cinco já haviam solicitado atracação. Os outros permanecem sem autorização para operar no cais santista.

De acordo com o gerente-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado São Paulo (Sindamar), José Roberto Mello, alguns afretadores posicionam os navios na Barra de Santos sem que os contratos tenham sido fechados. “Eles ficam de prontidão, à espera da conclusão do negócio”, destaca.

A quantidade de navios esperando para atracar no cais santista tem chamado a atenção da população


Enquanto aguardam, os navios ficam fundeados na Barra, na entrada do canal de navegação. Em dias secos como os desta semana, a média de embarcações na área de fundeio chega a 50. Somente em dias chuvosos, o número costuma aumentar, devido à paralisação das operações com granéis. Em períodos de safra, a quantidade também cresce consideravelmente. A situação atual se encaixa, sobretudo, no último quesito.

Porém, a Autoridade Portuária garante que mantém o ritmo de entrada e saída de navios no complexo. Conforme as estatísticas, o trânsito marítimo registra cerca de 40 entradas e 40 partidas por dia. O órgão explica ainda que nos cinco primeiros meses do ano, 64% dos cargueiros aguardaram menos de 24 horas para atracar.

Mesmo assim, o atual período de grande movimento nas operações deve continuar por, pelo menos, mais quatro meses. É o que garante o supervisor de Operações da Agência Marítima Unimar, Wellington Martins. Tradicionalmente, o pico dos embarques acontece entre agosto e outubro.

Como o Porto de Santos tem quatro terminais especializados no transporte de açúcar a granel e a demanda cresce no período, as filas são inevitáveis. Mas, o supervisor não acredita em uma repetição da situação de 2010, quando a quantidade de navios na Barra bateu recorde histórico.

“Acho que se aproxima, mas não chega. Naquele momento (em 2010), vários fatores causaram aquele grande movimento. A demanda internacional e a chuva foram os principais”, destaca. Ele se refere às filas para o embarque da commodity, que reuniram mais de 120 navios na Barra, naquele ano.

O gerente comercial da Agência Marítima Orion, André Ferro, já sente um ritmo lento nas operações por conta do período de safra. Segundo ele, a descarga de fertilizantes e os embarques de soja e açúcar são os que contribuem para a grande demanda de navios no complexo santista.

Reivindicações

De acordo com Mello, ainda existem questões ameaçadoras para as operações portuárias em Santos. Uma delas é a operação padrão dos auditores da Receita Federal, que paralisam os trabalhos duas vezes por semana e seguem em ritmo mais lento nos outros dias.

“O movimento de reivindicações da Alfândega também gera atraso no desembaraço das mercadorias. Quanto aos TPAs, a situação está aparentemente solucionada, mas a paralisação foi longa e os reflexos ainda existem”, destaca.

A possibilidade de novos movimentos sindicais também preocupa os usuários do Porto. Funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Polícia Federal decidem, na próxima semana, como serão suas reivindicações salariais. Existe a possibilidade de operação padrão para todas as categorias.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Novo terminal portuário vai contratar 180 até o final do ano

Os interessados em oportunidades no mercado de trabalho no Porto de Santos devem ficar atentos. O terminal Embraport inicia processo seletivo para a contratação de 180 profissionais a partir deste mês. As contratações seguem até dezembro para cargos de níveis médio, técnico e superior. Para o próximo ano, está prevista a abertura de mais 620 vagas, pelo menos.

O número de contratações previstas para o ano que vem pode aumentar. Tudo vai depender da demanda do novo terminal. Ele está sendo construído na Área Continental de Santos, entre as ilhas Diana e Barnabé, na Margem Esquerda do complexo, e tem o início das operações previsto para o primeiro trimestre do próximo ano. O empreendimento é uma parceria das empresas Odebrecht TransPort, DP World e Coimex.

Durante os próximos 30 dias, processos de recrutamento e seleção estarão abertos para 12 vagas nas áreas de Engenharia, Operação e Tecnologia da Informação.

Mais tarde, em outubro, serão abertas mais vagas da área operacional. Serão 134 oportunidades, que poderão ser preenchidas até novembro. Supervisor e planejador de pátio, planejador de navios e operadores de gates são algumas das funções oferecidas pelo terminal.


A Embraport também pretende contratar profissionais habilitados para ocupar cargos nas áreas de Engenharia e Projetos. Os setores financeiro, de Controladoria, Tesouraria, Recursos Humanos, Tecnologia da Informação e de Manutenção também serão formados por novos profissionais.

Todos os candidatos devem cadastrar os currículos no endereço eletrônico da Embraport, (www.terminalembraport.com.br). O portal apresenta o link Trabalhe Conosco, onde há a ficha de inscrição. As informações serão automaticamente direcionadas ao setor de Recursos Humanos.

Na página, devem ser inseridos os dados pessoais, além da formação acadêmica e empregos anteriores do candidato. Conhecimentos em outros idiomas e informática também são diferenciais.

De acordo com a empresa, um critério para as contratações é a motivação do profissional a aprender e render. Os salários oferecidos não foram informados, mas já um plano de carreira definido, que contempla perspectivas de crescimento dentro do novo terminal.

Outra preocupação é a capacitação dos novos profissionais. Por isso, foi desenvolvido um programa de treinamento que prevê a formação dos funcionários, de acordo com padrões internacionais de qualidade e eficiência.

Os candidatos que forem selecionados poderão participar dos programas de qualificação da Embraport em parceria com Sistema "S" (Senat e Senai) e Incatep, entre outras instituições.

Estrutura

Para a construção do terminal portuário, foram contratados 2.500 profissionais. No total, o empreendimento ocupará uma área de 848.500 metros quadrados e o investimento chegará a R$ 2,3 bilhões.

A capacidade anual de movimentação do terminal Embraport, quando totalmente implantado, será de 2 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e 2 bilhões de litros de granéis líquidos.

Toda a operação vai acontecer em 1.100 metros de cais e 342 mil metros quadrados de retroárea para armazenagem de cargas. Além disso, uma área de 60 mil metros quadrados será destinada à tancagem dos granéis líquidos.

Na primeira etapa da primeira fase, que será concluída até março do próximo ano, 350 metros de cais serão entregues. Depois, até outubro, encerrando esta etapa, vão entrar em operação mais 300 metros. Nesta fase, o terminal terá capacidade para movimentar 1,2 milhão de TEU e 2 bilhões de litros de granéis líquidos.

Entre os equipamentos, seis portêineres (post-panamax), 22 RTGs e 40 terminal tractors serão instalados. Mas esta estrutura aumentará. Quando o projeto final estiver em prática, haverá 12 portêineres, 49 RTGs e 90 terminal tractors.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Dragagem na entrada do canal do Porto é retomada



Até o próximo mês, 273 metros cúbicos de sedimentos serão retirados do canal de navegação do Porto de Santos, no trecho que vai da Barra até o Entreposto de Pesca. A medida complementa a dragagem de aprofundamento, concluída há cerca de 30 dias e que deixou o canal do complexo marítimo com 15 metros de profundidade.

A informação foi transmitida pelo presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, Bechara Abdala Pestana Neves. Segundo ele, o superintendente de Infraestrutura e Utilidades da Codesp, José Roberto Borrelli, apresentou esse planejamento durante a reunião do CAP da última segunda-feira. Inicialmente, o então diretor-presidente da Docas, José Roberto Correia Serra, explicaria o cronograma da obra, mas devido à presença do ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, na Cidade, os planos foram alterados.

O volume que será retirado desse trecho do canal (de número 1) foi determinado após uma batimetria – exame de verificação da profundidade de um local. Segundo a Codesp, ela foi realizada por uma empresa fiscalizadora contratada pela Secretaria de Portos (SEP).


Codesp irá deixar tanto o Trecho 1 (na foto) como o restante do canal com 15 metros de profundidade
A previsão da Docas é que quase todas as batimetrias previstas estejam concluídas até o final do próximo mês. Só não será finalizada a do Trecho 3, que vai do Armazém 6 ao Paquetá e é o local onde estão três obstáculos à navegação. Até que as rochas de Teffé e Itapema e os destroços do navio Ais Giorgis sejam retirados, a Codesp espera oficializar a profundidade desse trecho com a ressalva “redução provisória da largura do canal”.

Segundo as informações da Autoridade Portuária, a oficialização do aprofundamento do Trecho 2 (do Entreposto de Pesca ao Armazém 6) aguarda a batimetria da SEP. O mesmo acontece com as subdivisões “a”, “b” e “c” do Trecho 4 (do Paquetá à Alemoa). Já a divisão “d”, última a ser dragada, ainda será verificada pela Docas.

A draga chinesa Hang Jun 5001, que tem capacidade para dragar até 5 mil metros cúbicos de sedimentos por viagem, voltará a operar, desta vez na manutenção da dragagem do Porto. Seu retorno está previsto para a próxima segunda-feira.

Pedido

De acordo com o presidente do CAP, a dragagem foi o assunto mais debatido durante a reunião do colegiado. O principal pleito dos operadores foi a necessidade de uma compatibilização dos cronogramas da obra.

A dragagem de aprofundamento do canal de navegação foi executada com recursos da SEP. Já as obras que garantem a profundidade de berços e bacias de evolução ficam sob a responsabilidade da Codesp.

Segundo Bechara, os executivos defendem que os serviços ocorram com um cronograma único. “Um terminal só vai conseguir operar com canal, acesso ao berço e berço dragados”, destacou.

sábado, 23 de junho de 2012

Portos chineses alimentam apetite por comércio, infraestrutura e commodities

Dos dez maiores portos do mundo, começando pelo maior de todos – Xangai –, sete estão na China. Como se não bastasse, Xangai vai receber nos próximos anos um porto maior ainda.

A China se transformou no maior exportador mundial, mas seus portos também recebem grandes carregamentos. O minério de ferro chega principalmente do Brasil e da Austrália. A soja, do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos.

A diminuição do ritmo econômico mundial e as montanhas de minério de ferro que se acumulam em portos como o de Qingdao, o sétimo maior do mundo, por causa da diminuição do número de compradores, parecem não ter arrefecido o ímpeto chinês.

Apesar da estrutura já existente, a China continua expandindo seus portos, não só para não interromper a aceleração do crescimento econômico, mas também para aumentar a capacidade de armazenamento, que parece inesgotável.

“Estamos em busca de oportunidades também na América Latina”, disse Sun Xin Ying, gerente-geral de uma empresa estatal na cidade de Tianjin, que importa minérios e outras commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional). Eles receberam cerca de US$ 20 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China para fechar compras fora do país.

Tianjin tem o quinto maior porto da China, mas é o maior existente próximo a Pequim. Existe um trem-bala ligando a capital chinesa à cidade portuária. A viagem dura cerca de 35 minutos e acabou transformando os arranha-céus de Tianjin, que até dez anos atrás era uma cidadezinha de interior, em dormitório para milhares de trabalhadores que se deslocam diariamente para Pequim.

A infraestrutura na China é meticulosamente desenhada e os chineses têm verdadeira obsessão por maquetes. Pequim, Xangai e Tianjin têm prédios inteiros para abrigar maquetes que apresentam o planejamento de cidades repletas de arranha-céus, trens-bala ou portos. Bairros inteiros com prédios modernos surgem em questão de meses, gerando uma demanda por mais ferro e cimento do que os chineses sozinhos são capazes de atender.

Apesar da estrutura já existente, a China continua expandindo seus portos

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Grupo EcoRodovias compra as empresas do complexo Tecondi

Um mês e um dia após adquirir 41,29% das ações do complexo Tecondi – que engloba o Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi), a Termares e a Termlog –, o Grupo EcoRodovias comprou o restante dos papéis, o equivalente a 58,71%. O domínio das três empresas pertencia exclusivamente ao Grupo Formitex. O valor total do negócio, que foi fechado na última terça-feira, é de R$ 1,3 bilhão. Pela aquisição do primeiro lote de ações, a EcoRodovias, holding que administra várias concessões rodoviárias, inclusive a do Sistema Anchieta- migrantes (SAI), pagou R$ 540 milhões. Já o restante da transação custou R$760 milhões. De acordo com o contrato firmado entre as empresas, a compra do restante das ações poderiaserfeitaematé12meses após a aquisição do primeiro lote. Segundo a EcoRodovias, o negócio foi antecipado por se tratar de uma compra estratégica para as atividades da holding. A primeira mudança que aconteceu após a compra de 100% das ações do Tecondi foi a troca da presidência da empresa. Agora, o comando do terminal está a cargo de Luís Augusto de Camargo Opice, que ocupava o cargo de vice-presidente. Já o presidente Cesar Floriano, passou a integrar o Conselho de Administração do grupo. Com os Ecopatios Cubatão e Imigrantes e as demais unidades da Elog Sudeste, a EcoRodovias conta agora com a maior retroárea do Porto de Santos, já que todas as unidades estão localizadas em um raio de até 200 quilômetros do Complexo Tecondi. Esta condição permitirá a otimização das operações do cais e a transferência de parte do volume armazenado no terminal para essas áreas. A expectativa da empresa compradora é que o Tecondi possa operar 500 mil contêineres neste ano, um aumento de 61% sobre o volume operado no ano passado. Para isto, a EcoRodovias prevê um investimento de R$ 100 milhões nos próximos dois anos, na compra de equipamentos para o terminal de contêineres. Entre os aparelhos que serão adquiridos estão portêineres, RTGs (empilhadeiras para a operação de contêineres) e sistemas operacionais. O negócio foi pago com 30% de capital próprio e 70% de recursos de terceiros, que incluem a emissão de R$ 600 milhões em debêntures da Ecoporto, holding criada para controlar a operação.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Alinhamento do Cais de Outeirinhos terá início em agosto

Deverão começar até o início de agosto as obras de alinhamento do Cais de Outeirinhos, entre os armazéns 23 e 29 do Porto de Santos. A previsão é que a primeira fase do projeto, que será feita entre o Cais da Marinha e o T-Grão, seja concluída até o final do próximo ano. Já a segunda etapa, entre o T-Grão e o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, deve terminar até a Copa de 2014.

O prazo para o início dos trabalhos foi apresentado ontem pelo ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, durante visita ao complexo santista. Sua expectativa tem como base a divulgação do resultado da última fase (de preços) da licitação para execução da obra, publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União.

A melhor oferta (de menor valor) foi a do consórcio formado pela Serveng, pela Constremac e pela Constran, no valor de R$ 287,2 milhões. Mas isso ainda não significa que o grupo seja o vencedor da concorrência, pois a partir de hoje as empresas participantes têm o prazo de cinco dias para interpor recursos. Caso haja alguma manifestação, haverá o mesmo período para contra-recursos. Apenas depois desse trâmite, a estatal poderá publicar o resultado oficial da disputa.

A firma vencedora terá o prazo de 26 meses para concluir o serviço – se começar em agosto, poderá irá até outubro de 2014. No entanto, a Codesp espera que os trabalhos sejam finalizados antes de julho desse ano, quando será realizada a Copa de 2014 e operadoras trarão navios de cruzeiros ao Porto, com turistas para os jogos. Já está confirmada a vinda de um grupo de mexicanos, a bordo de dois navios.

Com o alinhamento do Cais de Outeirinhos, o terminal de cruzeiros terá condições de receber seis navios em suas proximidades. Atualmente, somente três embarcações conseguem atracar em frente ao terminal.





A bordo de uma lancha, ministro observou a evolução das
obras da Embraport, em Santos


Etapas

Conforme explicou o diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Codesp, Paulino Moreira Vicente, a conclusão da primeira etapa das obras até o final do próximo ano já será suficiente para permitir a parada de mais navios no entorno do terminal. Essa fase inicial englobará os trechos 1, 2, 3 e 4. A escolha deles como prioridade para o início dos trabalhos visa evitar qualquer tipo de transtorno à movimentação do Porto. Ao todo são sete trechos.

“Se por ventura existirem obstáculos maiores (para começar a segunda fase), não há problema, porque fazendo os trechos 1, 2, 3 e 4, colocando em operação e mantendo a operação que já existe hoje no terminal (de cruzeiros), eu garanto para a Copa o mesmo resultado que se espera com a obra (finalizada)”, disse.

Segundo o diretor, a execução dos trechos 5, 6 e 7, que ficam em frente ao terminal de passageiros, tem como objetivo principal permitir o aprofundamento dos berços locais, dos atuais 7,5 metros para 15 metros, para que o Porto tenha chance de receber navios maiores. “Alguns navios de cruzeiro já têm nove metros e, nesse ponto, eles estão prejudicados”.
Nos primeiros trechos, a profundidade será elevada de 4,5 metros para 15 metros. A previsão é de que a segunda fase do projeto tenha início antes mesmo de ser finalizada a primeira etapa, disse Paulino. A execução simultânea contribuirá para que todo o serviço esteja concluído para o evento esportivo. “Vale lembrar que essa obra não é só para passageiros, mas é também para fazer a operação de cargas


fonte: Jornal A Tribuna

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Perdas de R$ 88 mi para o Porto e R$ 1 mi ao dia para o setor agrícola

A paralisação dos trabalhadores portuários avulsos (TPAs), que chegou a 18 dias, não causou apenas prejuízos aos operadores do Porto de Santos. Os donos das cargas que tiveram que ser desviadas para o Porto de Paranaguá (PR) já contam com custos excedentes, decorrentes de atrasos e transportes de mercadorias. As mais afetadas pelo protesto foram as indústrias agrícola e automobilística, já que o Terminal de Veículos (TEV) permaneceu inoperante durante toda a greve.

Para produtores agrícolas, os prejuízos podem ultrapassar R$ 1 milhão por dia. Já o custo da paralisação para agentes e armadores chega a US$ 43,5 milhões, o equivalente a R$ 88,74 milhões.

Tudo começou com a reação dos portuários à determinação do Ministério Público do Trabalho, que exigiu a implantação do intervalo de 11 horas entre cada jornada. Desde o início da paralisação, no último dia 29, a maioria dos terminais foi obrigada a utilizar mão de obra própria para manter o complexo em operação, mesmo que parcialmente.

De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, dez navios foram desviados do Porto de Santos. Segundo ele, o desvio dos cargueiros e as inversões de rotas provocam um efeito cascata nos demais portos e, consequentemente, a cadeia logística fica prejudicada.

No TEV, as operações voltaram ao normal apenas na última quinta-feira, por volta das 19 horas, após acordo entre as partes. No total, 9.585 veículos permaneceram estacionados nos pátios do terminal. Os gates foram fechados para impedir que novos automóveis chegassem.
Conforme o Departamento de Operações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), três navios foram desviados de Santos para o porto paranaense. Também Vitória (ES) e Rio Grande (RS) foram destinos de navios que não conseguiram atracar em Santos.

“Já esperávamos esse reflexo da paralisação em Santos, mas não prevíamos que seria tão cedo. Na medida do possível, estamos recebendo esses navios e essas cargas, sem sacrificar as operações já previstas”, afirma o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

O primeiro navio desviado para Paranaguá foi o Apollon Leader, com máquinas e peças agrícolas. No dia 8, após longa espera na Barra (área da costa em frente à Baía de Santos), ele cancelou a escala no cais.

No dia seguinte, a embarcação operou em Paranaguá, descarregando mais de cem peças e máquinas agrícolas da empresa americana John Deere. De acordo com o analista de comércio internacional da multinacional, Caio Hosken Melo Macedo, o desvio resultou em prejuízos e na demora na entrega da mercadoria para o cliente.

Segundo Macedo, o atraso de uma única máquina pode gerar um prejuízo superior a R$ 1 milhão, em um único dia. “Muito maior do que o valor da máquina é o prejuízo de um produtor que perde o momento certo da colheita”, afirmou.

A empresa costuma utilizar o Porto de Santos com frequência. A carga, quando chega, é dividida. As máquinas são encaminhadas às fábricas, que ficam no Rio Grande do Sul (RS) e em Goiás (GO). Já as peças partem do cais santista direto para o centro de distribuição de produtos, que fica na Capital.

Despesa extra

“Tivemos um custo superior ao que estava programado, devido à necessidade de transporte por conta do deslocamento de Santos para Paranaguá. As cargas (peças) tiveram que fazer o caminho inverso, de Paranaguá para Santos, e isso aumenta o custo logístico consideravelmente”, afirma o analista de comércio internacional.

O segundo navio desviado foi o Tokyo Car, que atracou na última quarta-feira em Paranaguá. Ele deveria descarregar produtos dos Estados Unidos em Santos, mas, devido ao protesto, sua programação foi alterada. No total, foram levadas para o complexo paranaense 39 máquinas e outras peças agrícolas, que somaram 388 toneladas. Além disso, a embarcação trouxe 69 carros da marca BMW. A montadora não se posicionou sobre o desvio.

Também seguiu para Paranaguá o navio Harefield. Ele deixou a espera no Porto de Santos para embarcar 9 mil toneladas de celulose no complexo paranaense. Neste caso, a Fibria, responsável pela carga, foi obrigada a transportá-la até a Região Sul para o embarque.

De acordo com a companhia, que é resultado da incorporação da Aracruz pela VCP, a transferência foi necessária para manter o cronograma de sua operação de exportação e os compromissos com os compradores. A Fibria destaca ainda que a mudança de porto é temporária e ocorreu por conta da paralisação dos trabalhadores santistas.

Fonte: Jornal A Tribuna

domingo, 17 de junho de 2012

Porto sem Papel e suas dificuldades em Santos

Considerado uma das grandes apostas para acelerar o processo de aperfeiçoamento e modernização do Porto de Santos, o "Porto sem Papel" (PSP) esta em operação no maior complexo do gênero na América Latina, desde agosto/11, após um período de treinamento de funcionários e alimentação de cadastro.

O sistema de informatização das operações portuárias, criado pelo Governo Federal, tem o objetivo de reduzir o tempo de estadia das embarcações no cais, diminuindo em até 25% o tempo empregado no processo de atracação. “Cada navio custa cerca de 50 mil dólares por dia. Nesse sentido, o projeto contribuirá para a diminuição do custo Brasil”, destaca o gerente do PSP, Lisley Paulela.

O início, no entanto, não foi fácil. Mesmo com treinamento prévio, muitas dúvidas sobre como funciona o sistema e problemas na inserção de dados provocaram atrasos na liberação de navios. Só nos primeiros 17 dias de implantação do projeto, 12 ajustes no sistema foram registrados. Isto obrigou os gestores do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), responsável pela criação do projeto sob orientação da Secretaria Especial de Portos (SEP), a elaborarem um plano de contingência para solucionar os problemas.

A ação foi motivada, principalmente, pela queixa de empresas e trabalhadores portuários, que têm enfrentado entraves em operações como a sobreposição na transmissão dos manifestos de carga, que representam, justamente, as listas que trazem informações sobre as mercadorias a serem embarcadas ou desembarcadas. Por insegurança com o novo PSP, eles optaram por continuar a liberar as embarcações utilizando a Supervia Eletrônica de Dados, da Codesp, e o sistema da Alfândega de Santos.

Outro obstáculo foi uma falha na nomenclatura nos campos que os agentes têm de preencher com informações sobre a água de lastro, o lixo e o esgoto dos navios. Mesmo com documentos já liberados por órgãos federais como Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o PSP ainda acusava que o processo estava sob análise.

SISTEMA HÍBRIDO

Algumas entidades representativas do setor acham que a implantação deveria ter sido feita de forma gradativa. O presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Glen Gordon Findlay, defendeu recentemente que os portos onde o PSP está sendo implantado, a exemplo de Santos, deveriam operar de forma híbrida, com o preenchimento automático das informações, como prevê o novo sistema, e, no caso de imprevistos, com o sistema manual, como ainda ocorre na maioria dos terminais.

“O Porto sem Papel é um trabalho excepcional, mas o sistema híbrido precisa funcionar porque, se ocorre algum problema na via eletrônica, os navios não podem atracar”, afirmou Gordon, que também é presidente da Seção de Transporte Aquaviário da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Segundo ele, há a necessidade de um período maior de adaptação porque o Serpro ainda está avaliando as melhorias que precisam ser feitas no cais santista. “Vai haver uma pressão desnecessária ao Serpro. O importante é concluir os primeiros ajustes, corrigi-los, antes de expandir o projeto para outros portos”, falou Gordon.

O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, tem reafirmado constantemente a sua confiança no PSP desde o início da sua implantação efetiva. Recentemente, durante participação no evento Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos - ele destacou a importância do sistema para o sucesso do Plano Nacional de Logística Portuária, que tem previsão para entrar em vigor em 2012. “A previsão é de que, nos próximos anos, o índice de cargas movimentadas no Porto de Santos seja triplicado, podendo chegar a 250 milhões de toneladas por ano. Temos que trabalhar para que esse crescimento tenha estrutura. O Porto sem Papel tem uma função estratégica nisso”, afirmou.

INTEGRAÇÃO

O PSP objetiva a informatização de procedimentos portuários por meio da comunicação de dados entre os agentes intervenientes no processo, eliminando o trâmite de 112 documentos, em diversas vias, e 935 informações em duplicidade junto à Polícia Federal, Anvisa, Delegacia da Receita Federal, Vigiagro (Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional) e Autoridade Portuária. O sistema elimina os procedimentos tradicionais, nos quais as agências marítimas utilizavam fac-símile e e-mail para acionar os atores envolvidos, emitindo inúmeros formulários e executando ações por meios não informatizados, o que aumentava o tempo e o custo da operação.

O governo federal considera, como destaque do PSP, o conceito de janela única, onde todos os envolvidos no processo de estadia têm acesso às informações por meio eletrônico e sem redundância nos dados.

No passado, para que um navio possa atracar, operar e desatracar no Brasil, é necessário o preenchimento de uma série de formulários, solicitando a anuência aos órgãos intervenientes no processo portuário. Com o uso do sistema concentrador de dados, o agente de navegação fornece as informações necessárias apenas uma vez, através do Documento Único Virtual (DUV). Os dados ficam, então, disponíveis para os órgãos que integram o sistema: a Autoridade Portuária, a Polícia Federal, a Receita Federal, a Marinha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

DB Schenker desenvolve solução para transporte aéreo de perecíveis


Etiqueta e adoção de novos procedimentos estão em conformidade com a regulamentação da IATA

A DB Schenker anuncia que desenvolveu uma etiqueta e procedimento específicos para o transporte aéreo de produtos médicos com tempo e temperatura sensíveis. Com isso, o provedor logístico atende as especificações descritas no capítulo 17 do regulamento da International Air Transport Association (IATA) para a movimentação de produtos perecíveis.

A solução desenvolvida inclui a inserção das informações contidas na regulamentação da entidade no código de barras da etiqueta de frete aéreo da Schenker. A companhia oferece, também, um procedimento no qual seus funcionários incluem as temperaturas e a etiqueta da IATA na etiqueta de frete aéreo desenvolvida pelo provedor logístico.

A etiqueta já utilizada pela Schenker será obrigatória a partir do dia 1º de julho de 2012. Segundo o vice-presidente sênior e head global do Produto Aéreo da Schenker AG, Thomas Mack, graças a esta iniciativa os clientes da empresa terão certeza de que suas mercadorias serão aceitas pelas companhias aéreas atendendo as regulamentações da IATA.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

CODESP implanta serviço de informação ao cidadão

A CODESP já recebe pedidos de solicitação de acesso à informações por meio do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), físico ou eletrônico.


A CODESP já disponibilizou toda a estrutura para receber as solicitações de acesso à informações por meio do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), físico ou eletrônico. Estão disponíveis neste website informações institucionais, sobre licitações e contratos, estrutura organizacional, contas anuais, etc., de forma proativa. Para mais informações clique no banner localizado no lado superior direito (Acesso à Informação) ou visite as instalações físicas do SIC na Rua Rodrigo Silva, nº 17 – térreo, salas 1 e 2, no bairro do Macuco, em Santos/SP. Os contatos podem ser feitos, também, pelo e-mailsic@portodesantos.com.br ou através dos telefones (13) 3202-6565 ramais 2965, 2390, 2963 e 2957. O horário de atendimento se estende de segunda à sexta-feira, das 08 às 19 horas.

O diretor presidente da CODESP, José Roberto Correia Serra, explica que o objetivo da lei é fomentar o controle social da administração pública, por meio de uma cultura de acesso às informações.

A transparência ativa abrange a divulgação espontânea de informações de interesse público e a passiva é relacionada às solicitações de cidadãos junto a esta empresa. Todo o processo é coordenado pela Corregedoria-Geral da União (CGU).

Na transparência passiva, o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) é uma das mais importantes criações da norma. Qualquer cidadão pode solicitar documento e/ou informação sobre a Autoridade Portuária de Santos sem a necessidade de justificar o pedido. Caso a informação esteja disponível, será respondida de imediato. Se não, a resposta será fornecida em até 20 dias corridos, prorrogáveis por mais 10 dias.

Fonte: site codesp

terça-feira, 12 de junho de 2012

Com unificação de ICMS, senadores temem sobrecarga no Porto de Santos



Para os senadores de Santa Catarina, Espírito Santo e Goiás, a aprovação da unificação da alíquota do ICMS em 4% esvaziará os portos estaduais e contribuirá para uma sobrecarga do porto de Santos (SP). O Senado Federal aprovou, na noite desta terça-feira (24), o substitutivo da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ao Projeto de Resolução 72/2010, depois de quatro horas de discussões.

Com 58 votos favoráveis e 16 contrários, a proposta segue agora para promulgação, já que a matéria é de competência exclusiva do Senado. A perspectiva é de que a alíquota unificada comece a ser cobrada a partir de janeiro de 2013, em substituição às alíquotas atuais de 12% e 7%.

Os senadores Aécio Neves (MG) e Luiz Henrique (SC) apresentaram emendas ao texto, na tentativa de que a União compensasse os estados prejudicados e que a aplicabilidade do projeto fosse realizada de forma gradual. Para o senador catarinense, a aprovação da Resolução 72 trará concentração econômica e aumentará as desigualdades e desníveis regionais.

As emendas tiveram pareceres pela rejeição apresentados pelos relatores na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senadores Armando Monteiro e Eduardo Braga. Agora, os parlamentares derrotados estudam a possibilidade de questionar a constitucionalidade do projeto no Supremo Tribunal Federal (STF).

Guerra dos Portos

A intenção da proposta, que teve o apoio do governo federal, é acabar com a chamada guerra dos portos. Hoje, os estados aplicam alíquotas diferentes para os produtos importados o que, na prática, funciona como uma espécie de subsídio.

Como a tributação do ICMS é a soma da alíquota do “estado de origem” - local onde o produto foi desembarcado – e do estado onde será vendido ao consumidor, os estados receptores dão às empresas importadoras um “crédito presumido”, devolvendo 75% do valor do imposto pago. Assim, a alíquota cobrada na origem cai e funciona como uma taxa de câmbio favorecida.

O subsídio faz com que o produto importado entre no país em condições mais favoráveis do que o nacional, que paga os 18% da alíquota inicial de ICMS. Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que, em 2011, a economia brasileira deixou de movimentar R$ 80 bilhões devido ao favorecimento da entrada de bens por incentivos fiscais em portos do país.

O estudo aponta, ainda, que a participação de importações em pelo menos dez estados que fornecem o benefício fiscal aumentou de 11,8% para 22,1% entre 2000 e 2011. No mesmo período, o levantamento constatou que ao menos 915 mil empregos deixaram de ser criados no Brasil.

O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), senador Clésio Andrade (MG), considerou extremamente importante a solução encontrada pelo Senado para a “guerra dos portos”. “Passada a urgência do tema, o Congresso Nacional deve se debruçar sobre um amplo projeto de reforma tributária, que venha a resolver esses conflitos federativos”, afirmou.

Fonte: Agência CNT de Notícias

sábado, 9 de junho de 2012

Pós-graduação gratuita Polo-UAB/Santos

A Universidade Aberta do Brasil, por meio do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) /UAB da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) - MG abre processo seletivo para o Curso de Especialização (Lato Sensu) de DESIGN INSTRUCIONAL PARA EAD VIRTUAL: TECNOLOGIAS, TÉCNICAS E METODOLOGIAS – modalidade a distância. (http://www.ead.unifei.edu.br/, www.ead.unifei.edu.br/artemis).

O Curso destina-se a Graduados em cursos reconhecidos pelo MEC, que atuam, ou que tenham interesse em atuar, no planejamento e desenvolvimento de conteúdos para disciplinas e/ou cursos e/ou treinamento instrucional (educação corporativa) para educação virtual pela internet ou intranet para qualquer área e nível, preferencialmente para público alfabetizado; pesquisadores graduados ou profissionais graduados envolvidos em gestão de treinamento e gestão de conhecimento em instituições de ensino, empresas e indústrias, interessados em novas metodologias para o aprendizado, independentemente da área de aplicação.

As inscrições ocorrerão no período de 01 a 25 de junho (até as 23h59), o resultado final será divulgado em 03 listas classificatórias e reclassificatórias, nos dias 06, 13 e 20 de julho.

A conferência dos documentos dos classificados (fiel ao informado no ato da inscrição sob pena de eliminação do candidato), será feita no Polo Municipal de Apoio Presencial da Universidade Aberta do Brasil de Santos – Polo –UAB/Santos no período entre 10 e 11 de julho – 1ª listagem, ( 17 e 18 de julho- 2ª lista e 23 e 24 de julho- 3ª lista), de acordo com cronograma publicado no Edital do Processo Seletivo –UNIFEI/ UAB.

O início do Curso ocorrerá com a Aula Inaugural na UNIFEI, campus de Itajubá/MG, no dia 03 de agosto de 2012, no período da tarde. O traslado do Polo-UAB/Santos até o Campus da UNIFEI será de responsabilidade do aluno.

O curso é gratuito, tendo o candidato que pagar (em favor da Universidade) a taxa de inscrição para o processo seletivo no valor de R$30,00 e taxa de R$ 18,00 por disciplina ao longo dos estudos. O curso é composto por 10 disciplinas com carga horária de 360 horas, em doze meses.

Serão distribuídas 50 vagas, para o Polo-UAB/Santos.

Estão previstos momentos presenciais do curso:

- Início do curso: aula inaugural para apresentação do curso e da equipe do NEaD/UNIFEI;

- Durante o curso: 4 (quatro) encontros avaliativos no PoloUAB/Santos,agendados e divulgados por meio do cronograma do curso; e

- Final do curso: 1 (um) encontro no Polo-UAB/Santos, para apresentação e avaliação do trabalho final (monografia).

A relação de polos e todas as demais informações dos Cursos encontram-se nos sites;


Os alunos que necessitem ter acesso à Internet, poderão utilizar o laboratório de informática do Polo Municipal de Apoio Presencial – Polo-UAB/Santos.

O Polo Municipal de Apoio Presencial – UAB/Santos faz parte do CTE – Centro de Tecnologia Educacional, está situado na Av. Ana Costa, 285, bairro da Encruzilhada, telefone: (13) 3222 1050.


Movimentação de cargas cresce 6,25% no País e bate recorde

O diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Lima, anunciou alta de 6,25% na movimentação das cargas pelas instalações portuárias brasileiras no ano passado, em relação a 2010. As operações atingiram a marca recorde de 886 milhões de toneladas. O anúncio foi feito durante o congresso Pré-Sal Brasil 2012, no Rio de Janeiro (RJ).

O crescimento da movimentação dos portos organizados foi de 7%. O Porto de Santos foi o que mais movimentou em 2011, com 86 milhões de toneladas, seguido pelo Porto de Itaguaí (RJ), com 58,1 milhões de toneladas.

Já as operações dos Terminais de Uso Privativo (TUPs) cresceu 5,8%. No ranking dos TUPs, o Terminal CVRD Tubarão (ES) aparece em primeiro, com movimentação de 110,1 milhões toneladas em 2011, seguido pelo Terminal da Ponta da Madeira (MA), que movimentou 102,3 milhões de toneladas.

Os TUPs tiveram uma participação maior na tonelagem de cargas movimentadas, atingindo 65%. Já os portos organizados representaram 35%. “Tal fato se deve, principalmente, por conta de sua especialização em movimentação de commodities destinadas ao mercado externo ou relacionadas ao setor petrolífero”, afirmou o diretor.

Segundo dados do Anuário Estatístico Aquaviário 2011, o minério de ferro foi a principal mercadoria movimentada, com 327,8 milhões de toneladas. Em seguida, vêm os combustíveis e óleos minerais, com 188,4 milhões de toneladas.

Os dados sobre movimentação portuária também mostram que 2011 foi o segundo ano consecutivo de crescimento da movimentação de contêineres. Houve um avanço de 13,6% em relação à tonelagem.

Fonte: Jornal A Tribuna

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Obras do PAC-Copa em portos brasileiros ficam prontas até maio de 2014

As obras de infraestrutura nos portos brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 já começaram em quatro dos sete complexos que receberão investimentos do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e deverão ficar prontas até maio de 2014. O anúncio foi feito nesta quarta-feira durante balanço do Ministério do Esporte com as ações de preparação do País para o campeonato mundial.

As intervenções, sob controle da Secretaria de Portos (SEP), já começaram nos portos de Fortaleza (CE), Recife (PE), Natal (RN) e Salvador (BA). Em Santos e no Rio de Janeiro (RJ), o processo está em fase de licitação, e em Manaus (AM), na elaboração do projeto. Ao todo, serão investidos R$ 902,8 milhões.

No Porto de Santos, as obras de alinhamento do Cais de Outeirinhos, entre os armazéns 23 e 29, estão na última fase do processo de licitação. Na abertura dos envelopes com as propostas das empresas, em abril passado, a Cejen Engenharia Ltda. apresentou a melhor oferta para a realização do serviço – R$ 260 milhões. Entretanto, a empresa vencedora ainda não foi anunciada.

O empreendimento no complexo santista prevê a ampliação do Cais de Outeirinhos dos atuais 630 para 1.320 metros lineares. Com esse avanço, todos os berços passarão a ter 15 metros de profundidade naquela região. Quando finalizada, a obra irá permitir que até seis navios de cruzeiro parem em frente ao Terminal de Passageiros Giusfredo Santini. Atualmente, apenas três embarcações podem atracar nas proximidades da unidade.

Em Fortaleza, um novo terminal de passageiros já está sendo erguido e deverá ficar pronto em novembro de 2013. Com custo estimado R$ 149 milhões, o empreendimento prevê ainda a construção de um novo cais e um terminal de múltiplo uso, com área para armazenamento de contêineres.

O terminal de passageiros de Recife deverá ficar pronto quatro meses antes da entrega da instalação cearense. O Armazém 7 será transformado em um prédio de três andares, com salões de embarque e desembarque e áreas para a Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O orçamento previsto é de R$ 25,7 milhões.

Com previsão de entrega em novembro de 2013, o terminal marítimo de Salvador terá investimento de R$ 36 milhões. A instalação será equipada com centro gastronômico e de lazer, em uma área de 3.400 m².

Além da construção de um terminal de passageiros, o projeto no Porto de Natal compreende a ampliação do cais e a instalação de um dolfim de amarração. A futura instalação terá capacidade para receber até 3 mil turistas diariamente. O investimento previsto é de R$ 53,7 milhões, com previsão de conclusão para agosto do próximo ano.

Ainda em elaboração, o projeto de reforma do terminal hidroviário de passageiros de Manaus tem previsão de entrega para março de 2014 e investimento estimado de R$ 89,4 milhões.

No Rio de Janeiro, será feita a implantação de um píer em forma de "Y". Os detalhes da obra não foram informados.

Fonte A Tribuna

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Libra Terminais atinge recorde no Porto de Santos

Com 53 MPH, companhia registrou marca histórica de produtividade em seus 17 anos de atuação no terminal 

A Libra Terminais Santos registrou seu recorde histórico de produtividade no mês de maio. Foi alcançada a maior marca desde que a empresa iniciou suas atividades em Santos (SP), com 53 movimentações por hora (MPH) no terminal do porto. Para o diretor Geral da Libra Terminais Santos, Roberto Teller, foi um mês de grandes desafios e conquistas, ele lembra de outro recorde alcançado, quando foram registrados 106,1 MPH no embarque do navio Maersk Letícia. 

“Temos de agradecer o empenho, a dedicação de todos os nossos funcionários, demonstrando total sinergia entre as áreas, para superarmos todos os desafios”, destacou o executivo. Teller ainda citou que essas conquistas confirmam que as novas metodologias, processos e equipamentos são fortes aliados para o crescimento. “Sem nunca esquecer o comprometimento e envolvimento dos nossos colaboradores”, reforçou o diretor Geral.

A Libra Terminais têm investido continuamente na aquisição de equipamentos, como os dois recém-chegados portêineres Ship-to-Shore Crane (STS), para retirada de contêineres dos navios, e três Rubber Tyred Gantry (RTG´s), guindastes sobre pneus, que se movimentam pelo terminal.

Teller destaca que os novos RTG´s possuem uma tecnologia inédita no Brasil, que garante a diminuição de até 50% no consumo de óleo diesel e, consequentemente, a redução de emissão de gases poluentes. O executivo ainda lembrou que a Libra Terminais Santos inaugurou recentemente um armazém para operações de cargas soltas, com capacidade para 4.870 paletes e uma área para segregação de cargas químicas.