terça-feira, 26 de junho de 2012

Dragagem na entrada do canal do Porto é retomada



Até o próximo mês, 273 metros cúbicos de sedimentos serão retirados do canal de navegação do Porto de Santos, no trecho que vai da Barra até o Entreposto de Pesca. A medida complementa a dragagem de aprofundamento, concluída há cerca de 30 dias e que deixou o canal do complexo marítimo com 15 metros de profundidade.

A informação foi transmitida pelo presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, Bechara Abdala Pestana Neves. Segundo ele, o superintendente de Infraestrutura e Utilidades da Codesp, José Roberto Borrelli, apresentou esse planejamento durante a reunião do CAP da última segunda-feira. Inicialmente, o então diretor-presidente da Docas, José Roberto Correia Serra, explicaria o cronograma da obra, mas devido à presença do ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, na Cidade, os planos foram alterados.

O volume que será retirado desse trecho do canal (de número 1) foi determinado após uma batimetria – exame de verificação da profundidade de um local. Segundo a Codesp, ela foi realizada por uma empresa fiscalizadora contratada pela Secretaria de Portos (SEP).


Codesp irá deixar tanto o Trecho 1 (na foto) como o restante do canal com 15 metros de profundidade
A previsão da Docas é que quase todas as batimetrias previstas estejam concluídas até o final do próximo mês. Só não será finalizada a do Trecho 3, que vai do Armazém 6 ao Paquetá e é o local onde estão três obstáculos à navegação. Até que as rochas de Teffé e Itapema e os destroços do navio Ais Giorgis sejam retirados, a Codesp espera oficializar a profundidade desse trecho com a ressalva “redução provisória da largura do canal”.

Segundo as informações da Autoridade Portuária, a oficialização do aprofundamento do Trecho 2 (do Entreposto de Pesca ao Armazém 6) aguarda a batimetria da SEP. O mesmo acontece com as subdivisões “a”, “b” e “c” do Trecho 4 (do Paquetá à Alemoa). Já a divisão “d”, última a ser dragada, ainda será verificada pela Docas.

A draga chinesa Hang Jun 5001, que tem capacidade para dragar até 5 mil metros cúbicos de sedimentos por viagem, voltará a operar, desta vez na manutenção da dragagem do Porto. Seu retorno está previsto para a próxima segunda-feira.

Pedido

De acordo com o presidente do CAP, a dragagem foi o assunto mais debatido durante a reunião do colegiado. O principal pleito dos operadores foi a necessidade de uma compatibilização dos cronogramas da obra.

A dragagem de aprofundamento do canal de navegação foi executada com recursos da SEP. Já as obras que garantem a profundidade de berços e bacias de evolução ficam sob a responsabilidade da Codesp.

Segundo Bechara, os executivos defendem que os serviços ocorram com um cronograma único. “Um terminal só vai conseguir operar com canal, acesso ao berço e berço dragados”, destacou.

sábado, 23 de junho de 2012

Portos chineses alimentam apetite por comércio, infraestrutura e commodities

Dos dez maiores portos do mundo, começando pelo maior de todos – Xangai –, sete estão na China. Como se não bastasse, Xangai vai receber nos próximos anos um porto maior ainda.

A China se transformou no maior exportador mundial, mas seus portos também recebem grandes carregamentos. O minério de ferro chega principalmente do Brasil e da Austrália. A soja, do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos.

A diminuição do ritmo econômico mundial e as montanhas de minério de ferro que se acumulam em portos como o de Qingdao, o sétimo maior do mundo, por causa da diminuição do número de compradores, parecem não ter arrefecido o ímpeto chinês.

Apesar da estrutura já existente, a China continua expandindo seus portos, não só para não interromper a aceleração do crescimento econômico, mas também para aumentar a capacidade de armazenamento, que parece inesgotável.

“Estamos em busca de oportunidades também na América Latina”, disse Sun Xin Ying, gerente-geral de uma empresa estatal na cidade de Tianjin, que importa minérios e outras commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional). Eles receberam cerca de US$ 20 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China para fechar compras fora do país.

Tianjin tem o quinto maior porto da China, mas é o maior existente próximo a Pequim. Existe um trem-bala ligando a capital chinesa à cidade portuária. A viagem dura cerca de 35 minutos e acabou transformando os arranha-céus de Tianjin, que até dez anos atrás era uma cidadezinha de interior, em dormitório para milhares de trabalhadores que se deslocam diariamente para Pequim.

A infraestrutura na China é meticulosamente desenhada e os chineses têm verdadeira obsessão por maquetes. Pequim, Xangai e Tianjin têm prédios inteiros para abrigar maquetes que apresentam o planejamento de cidades repletas de arranha-céus, trens-bala ou portos. Bairros inteiros com prédios modernos surgem em questão de meses, gerando uma demanda por mais ferro e cimento do que os chineses sozinhos são capazes de atender.

Apesar da estrutura já existente, a China continua expandindo seus portos

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Grupo EcoRodovias compra as empresas do complexo Tecondi

Um mês e um dia após adquirir 41,29% das ações do complexo Tecondi – que engloba o Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi), a Termares e a Termlog –, o Grupo EcoRodovias comprou o restante dos papéis, o equivalente a 58,71%. O domínio das três empresas pertencia exclusivamente ao Grupo Formitex. O valor total do negócio, que foi fechado na última terça-feira, é de R$ 1,3 bilhão. Pela aquisição do primeiro lote de ações, a EcoRodovias, holding que administra várias concessões rodoviárias, inclusive a do Sistema Anchieta- migrantes (SAI), pagou R$ 540 milhões. Já o restante da transação custou R$760 milhões. De acordo com o contrato firmado entre as empresas, a compra do restante das ações poderiaserfeitaematé12meses após a aquisição do primeiro lote. Segundo a EcoRodovias, o negócio foi antecipado por se tratar de uma compra estratégica para as atividades da holding. A primeira mudança que aconteceu após a compra de 100% das ações do Tecondi foi a troca da presidência da empresa. Agora, o comando do terminal está a cargo de Luís Augusto de Camargo Opice, que ocupava o cargo de vice-presidente. Já o presidente Cesar Floriano, passou a integrar o Conselho de Administração do grupo. Com os Ecopatios Cubatão e Imigrantes e as demais unidades da Elog Sudeste, a EcoRodovias conta agora com a maior retroárea do Porto de Santos, já que todas as unidades estão localizadas em um raio de até 200 quilômetros do Complexo Tecondi. Esta condição permitirá a otimização das operações do cais e a transferência de parte do volume armazenado no terminal para essas áreas. A expectativa da empresa compradora é que o Tecondi possa operar 500 mil contêineres neste ano, um aumento de 61% sobre o volume operado no ano passado. Para isto, a EcoRodovias prevê um investimento de R$ 100 milhões nos próximos dois anos, na compra de equipamentos para o terminal de contêineres. Entre os aparelhos que serão adquiridos estão portêineres, RTGs (empilhadeiras para a operação de contêineres) e sistemas operacionais. O negócio foi pago com 30% de capital próprio e 70% de recursos de terceiros, que incluem a emissão de R$ 600 milhões em debêntures da Ecoporto, holding criada para controlar a operação.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Alinhamento do Cais de Outeirinhos terá início em agosto

Deverão começar até o início de agosto as obras de alinhamento do Cais de Outeirinhos, entre os armazéns 23 e 29 do Porto de Santos. A previsão é que a primeira fase do projeto, que será feita entre o Cais da Marinha e o T-Grão, seja concluída até o final do próximo ano. Já a segunda etapa, entre o T-Grão e o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, deve terminar até a Copa de 2014.

O prazo para o início dos trabalhos foi apresentado ontem pelo ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, durante visita ao complexo santista. Sua expectativa tem como base a divulgação do resultado da última fase (de preços) da licitação para execução da obra, publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União.

A melhor oferta (de menor valor) foi a do consórcio formado pela Serveng, pela Constremac e pela Constran, no valor de R$ 287,2 milhões. Mas isso ainda não significa que o grupo seja o vencedor da concorrência, pois a partir de hoje as empresas participantes têm o prazo de cinco dias para interpor recursos. Caso haja alguma manifestação, haverá o mesmo período para contra-recursos. Apenas depois desse trâmite, a estatal poderá publicar o resultado oficial da disputa.

A firma vencedora terá o prazo de 26 meses para concluir o serviço – se começar em agosto, poderá irá até outubro de 2014. No entanto, a Codesp espera que os trabalhos sejam finalizados antes de julho desse ano, quando será realizada a Copa de 2014 e operadoras trarão navios de cruzeiros ao Porto, com turistas para os jogos. Já está confirmada a vinda de um grupo de mexicanos, a bordo de dois navios.

Com o alinhamento do Cais de Outeirinhos, o terminal de cruzeiros terá condições de receber seis navios em suas proximidades. Atualmente, somente três embarcações conseguem atracar em frente ao terminal.





A bordo de uma lancha, ministro observou a evolução das
obras da Embraport, em Santos


Etapas

Conforme explicou o diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Codesp, Paulino Moreira Vicente, a conclusão da primeira etapa das obras até o final do próximo ano já será suficiente para permitir a parada de mais navios no entorno do terminal. Essa fase inicial englobará os trechos 1, 2, 3 e 4. A escolha deles como prioridade para o início dos trabalhos visa evitar qualquer tipo de transtorno à movimentação do Porto. Ao todo são sete trechos.

“Se por ventura existirem obstáculos maiores (para começar a segunda fase), não há problema, porque fazendo os trechos 1, 2, 3 e 4, colocando em operação e mantendo a operação que já existe hoje no terminal (de cruzeiros), eu garanto para a Copa o mesmo resultado que se espera com a obra (finalizada)”, disse.

Segundo o diretor, a execução dos trechos 5, 6 e 7, que ficam em frente ao terminal de passageiros, tem como objetivo principal permitir o aprofundamento dos berços locais, dos atuais 7,5 metros para 15 metros, para que o Porto tenha chance de receber navios maiores. “Alguns navios de cruzeiro já têm nove metros e, nesse ponto, eles estão prejudicados”.
Nos primeiros trechos, a profundidade será elevada de 4,5 metros para 15 metros. A previsão é de que a segunda fase do projeto tenha início antes mesmo de ser finalizada a primeira etapa, disse Paulino. A execução simultânea contribuirá para que todo o serviço esteja concluído para o evento esportivo. “Vale lembrar que essa obra não é só para passageiros, mas é também para fazer a operação de cargas


fonte: Jornal A Tribuna

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Perdas de R$ 88 mi para o Porto e R$ 1 mi ao dia para o setor agrícola

A paralisação dos trabalhadores portuários avulsos (TPAs), que chegou a 18 dias, não causou apenas prejuízos aos operadores do Porto de Santos. Os donos das cargas que tiveram que ser desviadas para o Porto de Paranaguá (PR) já contam com custos excedentes, decorrentes de atrasos e transportes de mercadorias. As mais afetadas pelo protesto foram as indústrias agrícola e automobilística, já que o Terminal de Veículos (TEV) permaneceu inoperante durante toda a greve.

Para produtores agrícolas, os prejuízos podem ultrapassar R$ 1 milhão por dia. Já o custo da paralisação para agentes e armadores chega a US$ 43,5 milhões, o equivalente a R$ 88,74 milhões.

Tudo começou com a reação dos portuários à determinação do Ministério Público do Trabalho, que exigiu a implantação do intervalo de 11 horas entre cada jornada. Desde o início da paralisação, no último dia 29, a maioria dos terminais foi obrigada a utilizar mão de obra própria para manter o complexo em operação, mesmo que parcialmente.

De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, dez navios foram desviados do Porto de Santos. Segundo ele, o desvio dos cargueiros e as inversões de rotas provocam um efeito cascata nos demais portos e, consequentemente, a cadeia logística fica prejudicada.

No TEV, as operações voltaram ao normal apenas na última quinta-feira, por volta das 19 horas, após acordo entre as partes. No total, 9.585 veículos permaneceram estacionados nos pátios do terminal. Os gates foram fechados para impedir que novos automóveis chegassem.
Conforme o Departamento de Operações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), três navios foram desviados de Santos para o porto paranaense. Também Vitória (ES) e Rio Grande (RS) foram destinos de navios que não conseguiram atracar em Santos.

“Já esperávamos esse reflexo da paralisação em Santos, mas não prevíamos que seria tão cedo. Na medida do possível, estamos recebendo esses navios e essas cargas, sem sacrificar as operações já previstas”, afirma o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

O primeiro navio desviado para Paranaguá foi o Apollon Leader, com máquinas e peças agrícolas. No dia 8, após longa espera na Barra (área da costa em frente à Baía de Santos), ele cancelou a escala no cais.

No dia seguinte, a embarcação operou em Paranaguá, descarregando mais de cem peças e máquinas agrícolas da empresa americana John Deere. De acordo com o analista de comércio internacional da multinacional, Caio Hosken Melo Macedo, o desvio resultou em prejuízos e na demora na entrega da mercadoria para o cliente.

Segundo Macedo, o atraso de uma única máquina pode gerar um prejuízo superior a R$ 1 milhão, em um único dia. “Muito maior do que o valor da máquina é o prejuízo de um produtor que perde o momento certo da colheita”, afirmou.

A empresa costuma utilizar o Porto de Santos com frequência. A carga, quando chega, é dividida. As máquinas são encaminhadas às fábricas, que ficam no Rio Grande do Sul (RS) e em Goiás (GO). Já as peças partem do cais santista direto para o centro de distribuição de produtos, que fica na Capital.

Despesa extra

“Tivemos um custo superior ao que estava programado, devido à necessidade de transporte por conta do deslocamento de Santos para Paranaguá. As cargas (peças) tiveram que fazer o caminho inverso, de Paranaguá para Santos, e isso aumenta o custo logístico consideravelmente”, afirma o analista de comércio internacional.

O segundo navio desviado foi o Tokyo Car, que atracou na última quarta-feira em Paranaguá. Ele deveria descarregar produtos dos Estados Unidos em Santos, mas, devido ao protesto, sua programação foi alterada. No total, foram levadas para o complexo paranaense 39 máquinas e outras peças agrícolas, que somaram 388 toneladas. Além disso, a embarcação trouxe 69 carros da marca BMW. A montadora não se posicionou sobre o desvio.

Também seguiu para Paranaguá o navio Harefield. Ele deixou a espera no Porto de Santos para embarcar 9 mil toneladas de celulose no complexo paranaense. Neste caso, a Fibria, responsável pela carga, foi obrigada a transportá-la até a Região Sul para o embarque.

De acordo com a companhia, que é resultado da incorporação da Aracruz pela VCP, a transferência foi necessária para manter o cronograma de sua operação de exportação e os compromissos com os compradores. A Fibria destaca ainda que a mudança de porto é temporária e ocorreu por conta da paralisação dos trabalhadores santistas.

Fonte: Jornal A Tribuna

domingo, 17 de junho de 2012

Porto sem Papel e suas dificuldades em Santos

Considerado uma das grandes apostas para acelerar o processo de aperfeiçoamento e modernização do Porto de Santos, o "Porto sem Papel" (PSP) esta em operação no maior complexo do gênero na América Latina, desde agosto/11, após um período de treinamento de funcionários e alimentação de cadastro.

O sistema de informatização das operações portuárias, criado pelo Governo Federal, tem o objetivo de reduzir o tempo de estadia das embarcações no cais, diminuindo em até 25% o tempo empregado no processo de atracação. “Cada navio custa cerca de 50 mil dólares por dia. Nesse sentido, o projeto contribuirá para a diminuição do custo Brasil”, destaca o gerente do PSP, Lisley Paulela.

O início, no entanto, não foi fácil. Mesmo com treinamento prévio, muitas dúvidas sobre como funciona o sistema e problemas na inserção de dados provocaram atrasos na liberação de navios. Só nos primeiros 17 dias de implantação do projeto, 12 ajustes no sistema foram registrados. Isto obrigou os gestores do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), responsável pela criação do projeto sob orientação da Secretaria Especial de Portos (SEP), a elaborarem um plano de contingência para solucionar os problemas.

A ação foi motivada, principalmente, pela queixa de empresas e trabalhadores portuários, que têm enfrentado entraves em operações como a sobreposição na transmissão dos manifestos de carga, que representam, justamente, as listas que trazem informações sobre as mercadorias a serem embarcadas ou desembarcadas. Por insegurança com o novo PSP, eles optaram por continuar a liberar as embarcações utilizando a Supervia Eletrônica de Dados, da Codesp, e o sistema da Alfândega de Santos.

Outro obstáculo foi uma falha na nomenclatura nos campos que os agentes têm de preencher com informações sobre a água de lastro, o lixo e o esgoto dos navios. Mesmo com documentos já liberados por órgãos federais como Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o PSP ainda acusava que o processo estava sob análise.

SISTEMA HÍBRIDO

Algumas entidades representativas do setor acham que a implantação deveria ter sido feita de forma gradativa. O presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Glen Gordon Findlay, defendeu recentemente que os portos onde o PSP está sendo implantado, a exemplo de Santos, deveriam operar de forma híbrida, com o preenchimento automático das informações, como prevê o novo sistema, e, no caso de imprevistos, com o sistema manual, como ainda ocorre na maioria dos terminais.

“O Porto sem Papel é um trabalho excepcional, mas o sistema híbrido precisa funcionar porque, se ocorre algum problema na via eletrônica, os navios não podem atracar”, afirmou Gordon, que também é presidente da Seção de Transporte Aquaviário da CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Segundo ele, há a necessidade de um período maior de adaptação porque o Serpro ainda está avaliando as melhorias que precisam ser feitas no cais santista. “Vai haver uma pressão desnecessária ao Serpro. O importante é concluir os primeiros ajustes, corrigi-los, antes de expandir o projeto para outros portos”, falou Gordon.

O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, tem reafirmado constantemente a sua confiança no PSP desde o início da sua implantação efetiva. Recentemente, durante participação no evento Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos - ele destacou a importância do sistema para o sucesso do Plano Nacional de Logística Portuária, que tem previsão para entrar em vigor em 2012. “A previsão é de que, nos próximos anos, o índice de cargas movimentadas no Porto de Santos seja triplicado, podendo chegar a 250 milhões de toneladas por ano. Temos que trabalhar para que esse crescimento tenha estrutura. O Porto sem Papel tem uma função estratégica nisso”, afirmou.

INTEGRAÇÃO

O PSP objetiva a informatização de procedimentos portuários por meio da comunicação de dados entre os agentes intervenientes no processo, eliminando o trâmite de 112 documentos, em diversas vias, e 935 informações em duplicidade junto à Polícia Federal, Anvisa, Delegacia da Receita Federal, Vigiagro (Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional) e Autoridade Portuária. O sistema elimina os procedimentos tradicionais, nos quais as agências marítimas utilizavam fac-símile e e-mail para acionar os atores envolvidos, emitindo inúmeros formulários e executando ações por meios não informatizados, o que aumentava o tempo e o custo da operação.

O governo federal considera, como destaque do PSP, o conceito de janela única, onde todos os envolvidos no processo de estadia têm acesso às informações por meio eletrônico e sem redundância nos dados.

No passado, para que um navio possa atracar, operar e desatracar no Brasil, é necessário o preenchimento de uma série de formulários, solicitando a anuência aos órgãos intervenientes no processo portuário. Com o uso do sistema concentrador de dados, o agente de navegação fornece as informações necessárias apenas uma vez, através do Documento Único Virtual (DUV). Os dados ficam, então, disponíveis para os órgãos que integram o sistema: a Autoridade Portuária, a Polícia Federal, a Receita Federal, a Marinha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

DB Schenker desenvolve solução para transporte aéreo de perecíveis


Etiqueta e adoção de novos procedimentos estão em conformidade com a regulamentação da IATA

A DB Schenker anuncia que desenvolveu uma etiqueta e procedimento específicos para o transporte aéreo de produtos médicos com tempo e temperatura sensíveis. Com isso, o provedor logístico atende as especificações descritas no capítulo 17 do regulamento da International Air Transport Association (IATA) para a movimentação de produtos perecíveis.

A solução desenvolvida inclui a inserção das informações contidas na regulamentação da entidade no código de barras da etiqueta de frete aéreo da Schenker. A companhia oferece, também, um procedimento no qual seus funcionários incluem as temperaturas e a etiqueta da IATA na etiqueta de frete aéreo desenvolvida pelo provedor logístico.

A etiqueta já utilizada pela Schenker será obrigatória a partir do dia 1º de julho de 2012. Segundo o vice-presidente sênior e head global do Produto Aéreo da Schenker AG, Thomas Mack, graças a esta iniciativa os clientes da empresa terão certeza de que suas mercadorias serão aceitas pelas companhias aéreas atendendo as regulamentações da IATA.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

CODESP implanta serviço de informação ao cidadão

A CODESP já recebe pedidos de solicitação de acesso à informações por meio do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), físico ou eletrônico.


A CODESP já disponibilizou toda a estrutura para receber as solicitações de acesso à informações por meio do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), físico ou eletrônico. Estão disponíveis neste website informações institucionais, sobre licitações e contratos, estrutura organizacional, contas anuais, etc., de forma proativa. Para mais informações clique no banner localizado no lado superior direito (Acesso à Informação) ou visite as instalações físicas do SIC na Rua Rodrigo Silva, nº 17 – térreo, salas 1 e 2, no bairro do Macuco, em Santos/SP. Os contatos podem ser feitos, também, pelo e-mailsic@portodesantos.com.br ou através dos telefones (13) 3202-6565 ramais 2965, 2390, 2963 e 2957. O horário de atendimento se estende de segunda à sexta-feira, das 08 às 19 horas.

O diretor presidente da CODESP, José Roberto Correia Serra, explica que o objetivo da lei é fomentar o controle social da administração pública, por meio de uma cultura de acesso às informações.

A transparência ativa abrange a divulgação espontânea de informações de interesse público e a passiva é relacionada às solicitações de cidadãos junto a esta empresa. Todo o processo é coordenado pela Corregedoria-Geral da União (CGU).

Na transparência passiva, o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) é uma das mais importantes criações da norma. Qualquer cidadão pode solicitar documento e/ou informação sobre a Autoridade Portuária de Santos sem a necessidade de justificar o pedido. Caso a informação esteja disponível, será respondida de imediato. Se não, a resposta será fornecida em até 20 dias corridos, prorrogáveis por mais 10 dias.

Fonte: site codesp

terça-feira, 12 de junho de 2012

Com unificação de ICMS, senadores temem sobrecarga no Porto de Santos



Para os senadores de Santa Catarina, Espírito Santo e Goiás, a aprovação da unificação da alíquota do ICMS em 4% esvaziará os portos estaduais e contribuirá para uma sobrecarga do porto de Santos (SP). O Senado Federal aprovou, na noite desta terça-feira (24), o substitutivo da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ao Projeto de Resolução 72/2010, depois de quatro horas de discussões.

Com 58 votos favoráveis e 16 contrários, a proposta segue agora para promulgação, já que a matéria é de competência exclusiva do Senado. A perspectiva é de que a alíquota unificada comece a ser cobrada a partir de janeiro de 2013, em substituição às alíquotas atuais de 12% e 7%.

Os senadores Aécio Neves (MG) e Luiz Henrique (SC) apresentaram emendas ao texto, na tentativa de que a União compensasse os estados prejudicados e que a aplicabilidade do projeto fosse realizada de forma gradual. Para o senador catarinense, a aprovação da Resolução 72 trará concentração econômica e aumentará as desigualdades e desníveis regionais.

As emendas tiveram pareceres pela rejeição apresentados pelos relatores na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senadores Armando Monteiro e Eduardo Braga. Agora, os parlamentares derrotados estudam a possibilidade de questionar a constitucionalidade do projeto no Supremo Tribunal Federal (STF).

Guerra dos Portos

A intenção da proposta, que teve o apoio do governo federal, é acabar com a chamada guerra dos portos. Hoje, os estados aplicam alíquotas diferentes para os produtos importados o que, na prática, funciona como uma espécie de subsídio.

Como a tributação do ICMS é a soma da alíquota do “estado de origem” - local onde o produto foi desembarcado – e do estado onde será vendido ao consumidor, os estados receptores dão às empresas importadoras um “crédito presumido”, devolvendo 75% do valor do imposto pago. Assim, a alíquota cobrada na origem cai e funciona como uma taxa de câmbio favorecida.

O subsídio faz com que o produto importado entre no país em condições mais favoráveis do que o nacional, que paga os 18% da alíquota inicial de ICMS. Levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que, em 2011, a economia brasileira deixou de movimentar R$ 80 bilhões devido ao favorecimento da entrada de bens por incentivos fiscais em portos do país.

O estudo aponta, ainda, que a participação de importações em pelo menos dez estados que fornecem o benefício fiscal aumentou de 11,8% para 22,1% entre 2000 e 2011. No mesmo período, o levantamento constatou que ao menos 915 mil empregos deixaram de ser criados no Brasil.

O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), senador Clésio Andrade (MG), considerou extremamente importante a solução encontrada pelo Senado para a “guerra dos portos”. “Passada a urgência do tema, o Congresso Nacional deve se debruçar sobre um amplo projeto de reforma tributária, que venha a resolver esses conflitos federativos”, afirmou.

Fonte: Agência CNT de Notícias

sábado, 9 de junho de 2012

Pós-graduação gratuita Polo-UAB/Santos

A Universidade Aberta do Brasil, por meio do Núcleo de Educação a Distância (NEaD) /UAB da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) - MG abre processo seletivo para o Curso de Especialização (Lato Sensu) de DESIGN INSTRUCIONAL PARA EAD VIRTUAL: TECNOLOGIAS, TÉCNICAS E METODOLOGIAS – modalidade a distância. (http://www.ead.unifei.edu.br/, www.ead.unifei.edu.br/artemis).

O Curso destina-se a Graduados em cursos reconhecidos pelo MEC, que atuam, ou que tenham interesse em atuar, no planejamento e desenvolvimento de conteúdos para disciplinas e/ou cursos e/ou treinamento instrucional (educação corporativa) para educação virtual pela internet ou intranet para qualquer área e nível, preferencialmente para público alfabetizado; pesquisadores graduados ou profissionais graduados envolvidos em gestão de treinamento e gestão de conhecimento em instituições de ensino, empresas e indústrias, interessados em novas metodologias para o aprendizado, independentemente da área de aplicação.

As inscrições ocorrerão no período de 01 a 25 de junho (até as 23h59), o resultado final será divulgado em 03 listas classificatórias e reclassificatórias, nos dias 06, 13 e 20 de julho.

A conferência dos documentos dos classificados (fiel ao informado no ato da inscrição sob pena de eliminação do candidato), será feita no Polo Municipal de Apoio Presencial da Universidade Aberta do Brasil de Santos – Polo –UAB/Santos no período entre 10 e 11 de julho – 1ª listagem, ( 17 e 18 de julho- 2ª lista e 23 e 24 de julho- 3ª lista), de acordo com cronograma publicado no Edital do Processo Seletivo –UNIFEI/ UAB.

O início do Curso ocorrerá com a Aula Inaugural na UNIFEI, campus de Itajubá/MG, no dia 03 de agosto de 2012, no período da tarde. O traslado do Polo-UAB/Santos até o Campus da UNIFEI será de responsabilidade do aluno.

O curso é gratuito, tendo o candidato que pagar (em favor da Universidade) a taxa de inscrição para o processo seletivo no valor de R$30,00 e taxa de R$ 18,00 por disciplina ao longo dos estudos. O curso é composto por 10 disciplinas com carga horária de 360 horas, em doze meses.

Serão distribuídas 50 vagas, para o Polo-UAB/Santos.

Estão previstos momentos presenciais do curso:

- Início do curso: aula inaugural para apresentação do curso e da equipe do NEaD/UNIFEI;

- Durante o curso: 4 (quatro) encontros avaliativos no PoloUAB/Santos,agendados e divulgados por meio do cronograma do curso; e

- Final do curso: 1 (um) encontro no Polo-UAB/Santos, para apresentação e avaliação do trabalho final (monografia).

A relação de polos e todas as demais informações dos Cursos encontram-se nos sites;


Os alunos que necessitem ter acesso à Internet, poderão utilizar o laboratório de informática do Polo Municipal de Apoio Presencial – Polo-UAB/Santos.

O Polo Municipal de Apoio Presencial – UAB/Santos faz parte do CTE – Centro de Tecnologia Educacional, está situado na Av. Ana Costa, 285, bairro da Encruzilhada, telefone: (13) 3222 1050.


Movimentação de cargas cresce 6,25% no País e bate recorde

O diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Lima, anunciou alta de 6,25% na movimentação das cargas pelas instalações portuárias brasileiras no ano passado, em relação a 2010. As operações atingiram a marca recorde de 886 milhões de toneladas. O anúncio foi feito durante o congresso Pré-Sal Brasil 2012, no Rio de Janeiro (RJ).

O crescimento da movimentação dos portos organizados foi de 7%. O Porto de Santos foi o que mais movimentou em 2011, com 86 milhões de toneladas, seguido pelo Porto de Itaguaí (RJ), com 58,1 milhões de toneladas.

Já as operações dos Terminais de Uso Privativo (TUPs) cresceu 5,8%. No ranking dos TUPs, o Terminal CVRD Tubarão (ES) aparece em primeiro, com movimentação de 110,1 milhões toneladas em 2011, seguido pelo Terminal da Ponta da Madeira (MA), que movimentou 102,3 milhões de toneladas.

Os TUPs tiveram uma participação maior na tonelagem de cargas movimentadas, atingindo 65%. Já os portos organizados representaram 35%. “Tal fato se deve, principalmente, por conta de sua especialização em movimentação de commodities destinadas ao mercado externo ou relacionadas ao setor petrolífero”, afirmou o diretor.

Segundo dados do Anuário Estatístico Aquaviário 2011, o minério de ferro foi a principal mercadoria movimentada, com 327,8 milhões de toneladas. Em seguida, vêm os combustíveis e óleos minerais, com 188,4 milhões de toneladas.

Os dados sobre movimentação portuária também mostram que 2011 foi o segundo ano consecutivo de crescimento da movimentação de contêineres. Houve um avanço de 13,6% em relação à tonelagem.

Fonte: Jornal A Tribuna

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Obras do PAC-Copa em portos brasileiros ficam prontas até maio de 2014

As obras de infraestrutura nos portos brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 já começaram em quatro dos sete complexos que receberão investimentos do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e deverão ficar prontas até maio de 2014. O anúncio foi feito nesta quarta-feira durante balanço do Ministério do Esporte com as ações de preparação do País para o campeonato mundial.

As intervenções, sob controle da Secretaria de Portos (SEP), já começaram nos portos de Fortaleza (CE), Recife (PE), Natal (RN) e Salvador (BA). Em Santos e no Rio de Janeiro (RJ), o processo está em fase de licitação, e em Manaus (AM), na elaboração do projeto. Ao todo, serão investidos R$ 902,8 milhões.

No Porto de Santos, as obras de alinhamento do Cais de Outeirinhos, entre os armazéns 23 e 29, estão na última fase do processo de licitação. Na abertura dos envelopes com as propostas das empresas, em abril passado, a Cejen Engenharia Ltda. apresentou a melhor oferta para a realização do serviço – R$ 260 milhões. Entretanto, a empresa vencedora ainda não foi anunciada.

O empreendimento no complexo santista prevê a ampliação do Cais de Outeirinhos dos atuais 630 para 1.320 metros lineares. Com esse avanço, todos os berços passarão a ter 15 metros de profundidade naquela região. Quando finalizada, a obra irá permitir que até seis navios de cruzeiro parem em frente ao Terminal de Passageiros Giusfredo Santini. Atualmente, apenas três embarcações podem atracar nas proximidades da unidade.

Em Fortaleza, um novo terminal de passageiros já está sendo erguido e deverá ficar pronto em novembro de 2013. Com custo estimado R$ 149 milhões, o empreendimento prevê ainda a construção de um novo cais e um terminal de múltiplo uso, com área para armazenamento de contêineres.

O terminal de passageiros de Recife deverá ficar pronto quatro meses antes da entrega da instalação cearense. O Armazém 7 será transformado em um prédio de três andares, com salões de embarque e desembarque e áreas para a Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O orçamento previsto é de R$ 25,7 milhões.

Com previsão de entrega em novembro de 2013, o terminal marítimo de Salvador terá investimento de R$ 36 milhões. A instalação será equipada com centro gastronômico e de lazer, em uma área de 3.400 m².

Além da construção de um terminal de passageiros, o projeto no Porto de Natal compreende a ampliação do cais e a instalação de um dolfim de amarração. A futura instalação terá capacidade para receber até 3 mil turistas diariamente. O investimento previsto é de R$ 53,7 milhões, com previsão de conclusão para agosto do próximo ano.

Ainda em elaboração, o projeto de reforma do terminal hidroviário de passageiros de Manaus tem previsão de entrega para março de 2014 e investimento estimado de R$ 89,4 milhões.

No Rio de Janeiro, será feita a implantação de um píer em forma de "Y". Os detalhes da obra não foram informados.

Fonte A Tribuna

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Libra Terminais atinge recorde no Porto de Santos

Com 53 MPH, companhia registrou marca histórica de produtividade em seus 17 anos de atuação no terminal 

A Libra Terminais Santos registrou seu recorde histórico de produtividade no mês de maio. Foi alcançada a maior marca desde que a empresa iniciou suas atividades em Santos (SP), com 53 movimentações por hora (MPH) no terminal do porto. Para o diretor Geral da Libra Terminais Santos, Roberto Teller, foi um mês de grandes desafios e conquistas, ele lembra de outro recorde alcançado, quando foram registrados 106,1 MPH no embarque do navio Maersk Letícia. 

“Temos de agradecer o empenho, a dedicação de todos os nossos funcionários, demonstrando total sinergia entre as áreas, para superarmos todos os desafios”, destacou o executivo. Teller ainda citou que essas conquistas confirmam que as novas metodologias, processos e equipamentos são fortes aliados para o crescimento. “Sem nunca esquecer o comprometimento e envolvimento dos nossos colaboradores”, reforçou o diretor Geral.

A Libra Terminais têm investido continuamente na aquisição de equipamentos, como os dois recém-chegados portêineres Ship-to-Shore Crane (STS), para retirada de contêineres dos navios, e três Rubber Tyred Gantry (RTG´s), guindastes sobre pneus, que se movimentam pelo terminal.

Teller destaca que os novos RTG´s possuem uma tecnologia inédita no Brasil, que garante a diminuição de até 50% no consumo de óleo diesel e, consequentemente, a redução de emissão de gases poluentes. O executivo ainda lembrou que a Libra Terminais Santos inaugurou recentemente um armazém para operações de cargas soltas, com capacidade para 4.870 paletes e uma área para segregação de cargas químicas.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Santos Export - Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos

As conquistas e os novos desafios do Porto de Santos, sua relação com as cidades da Baixada Santista, os investimentos públicos necessários para a continuidade de seu crescimento e o modelo de desenvolvimento dos complexos marítimos ingleses. Esses são alguns dos assuntos que serão debatidos na edição deste ano do Santos Export - Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, que acontecerá no próximo dia 14 de agosto no Casa Grande Hotel, em Guarujá. 

Os planos para o mais importante seminário do setor portuário brasileiro, que neste ano chega a sua 10ª edição, foram anunciados pelo diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, e pelo diretor da Una Marketing de Eventos, Fabricio Julião, durante uma reunião com autoridades e empresários do cais santista na última semana, na Cidade. O Santos Export é uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunicação e uma realização da Una. 

De acordo com Roberto Santini, o Santos Export mantém a tradição de debater os desafios e as oportunidades de desenvolvimento do Porto, mas acompanha a evolução do complexo marítimo. “Em nossa primeira edição, os assuntos eram a necessidade da dragagem e da construção da Avenida Perimetral. E hoje, essas duas obras são uma realidade. Agora, entram na pauta novos desafios - como o Porto deve lidar com o crescimento de sua movimentação, como garantir os acessos ao cais e como planejar a continuidade de sua expansão. São problemas que trazem oportunidades”, destacou.

Entre os temas que serão debatidos durante o seminário, estão os investimentos, tanto público como privados, necessários para dinamizar ainda mais as operações do cais santista e facilitar o transporte entre os terminais e as demais regiões do Brasil. Também foi incluída a discussão sobre as estratégias que devem ser adotadas para que o complexo se desenvolva de maneira sustentável, sem prejudicar as cidades da região. O Porto se estende por três cidades da Baixada Santista: Santos, Cubatão e Guarujá. Mas suas atividades impactam municípios vizinhos, como São Vicente e Praia Grande. 

Crescimento 

A relação de assuntos que serão discutidos durante o seminário mostra que o cais santista, apesar de consolidado como o principal do País (responde por um quarto da balança comercial, é o principal ponto de escoamento da produção brasileira e atende o maior mercado consumidor da nação), está em processo de crescimento, destacou o diretor da Una Fabricio Julião. 

“O Porto continua atraindo empresas. Temos novos terminais em construção, novos players chegando, e fusões ocorrendo”, disse o executivo, em uma referência direta à implantação das instalações da Brasil Terminal Portuário, na região da Alemoa, e da Embraport, na Área Continental de Santos, e à compra de 41,29% do controle acionário do Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi) pela concessionária rodoviária Ecorodovias, negociação concluída no mês passado. 

De acordo com a programação dos organizadores, o Santos Export terá início na manhã do dia 14 de agosto e terminará no final da tarde, contando com mesas-redondas e palestras. 

Complementando a programação, de 15 a 21 de setembro, a comitiva do Santos Export, formada por empresários e autoridades do segmento portuário, visitará três portos da Inglaterra, Felixstowe, Southampton e Tilbury, o primeiro, o segundo e o terceiro mais importantes do país, respectivamente. São complexos de carga com características e desafios semelhantes aos encontrados no cais santista. 

Desde 2005, o seminário é concluído com uma visita técnica a complexos marítimos internacionais. A comitiva já esteve em países como Holanda, Alemanha, França, Itália, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Panamá e, no último ano, China. 

Debate constante 

A seleção dos temas da décima edição do Santos Export agradou os empresários participantes. Para Antônio Carlos Sepulveda, diretor-presidente da Santos Brasil, grupo que administra o Terminal de Contêineres (Tecon), “é necessário um constante debate sobre os desafios do setor. Temos de discutir sim a questão da infraestrutura de acessos ao Porto e a necessidade de uma maior autonomia administrativa para a Autoridade Portuária (Codesp)”. 

O CEO da Embraport, Ernst Schulze destacou a escolha dos portos ingleses como destino da viagem da comitiva nesta décima edição do seminário. “São complexos muito grandes e com planos de expansão bem interessantes”. 

“O Santos Export continua sendo uma ferramenta importante para o crescimento do Porto, quer motivando o debate de suas questões, quer ampliando o horizonte, ao levar os empresários para conhecer exemplos bem-sucedidos de complexos”, afirmou o presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, Bechara Abdalla Pestana Neves, presente na reunião. 

Para o diretor de Planejamento e Controle da Codesp, Renato Barco, “analisar os desafios do Porto de Santos e estudar boas experiências portuárias são muito importantes, tanto quanto o envolvimento que se consegue ao reunir tantos empresários e autoridades em torno de um único evento. A participação de todos é estratégico para Santos”.

Fonte Jornal " A Tribuna"

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Novo sistema traz mais agilidade às operações na Santos Brasil

Transportes Rodoviário no Porto de Santos

A Santos Brasil, operadora do Terminal de Contêineres do Porto de Santos (Tecon) e do Terminal de Exportação de Veículos (TEV), ambos em Guarujá, implementou um sistema automatizado de controle de armazenagem nos Centros Industriais Aduaneiros (CLIAs) da empresa. A partir de agora, um novo software promete trazer mais agilidade e segurança na entrada de caminhões nos CLIAs.

Entre as vantagens do equipamento estão o registro eletrônico da entrega das cargas de importação, agendamento on-line dos veículos para recebimento das cargas e informatização de dados. O programa também fornece dados sobre a localização dos veículos, além da liberação e movimentação das cargas, aos transportadores e despachantes. Essas informações podem ser acessadas no site da Santos Brasil.

A empresa investiu cerca de R$ 1,2 milhão no desenvolvimento do sistema informatizado e R$ 2,7 milhões na construção de novos gates (portões de acesso) nos terminais de Santos e Guarujá.

“Além do agendamento prévio na internet e a emissão de um certificado digital que precisa ser validado quando o caminhão acessa o centro aduaneiro, cada motorista que entra e sai nas nossas instalações é identificado por biometria (identificação por meio de impressão digital)”, afirmou o diretor de operações logísticas da Santos Brasil, Ricardo Molitzas.

Outro benefício do sistema é que, a partir de agora, os CLIAs passam a funcionar 24 horas para a entrega de carga. Até então, o funcionamento era ininterrupto apenas para recebimento das mercadorias.

Fonte: Jornal a Tribuna - Santos